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Estado de Minas GOVERNO

Entre a crise e a solidão: Bolsonaro precisa lidar com racha do PSL para aumentar poder político

A alternativa é ficar, cada vez mais, dependente de partidos tradicionais como o DEM e o MDB


postado em 03/11/2019 06:00 / atualizado em 03/11/2019 07:42

Disposição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) evita derrotas do governo(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
Disposição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) evita derrotas do governo (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
Brasília – Passadas as polêmicas da última semana, Jair Bolsonaro precisa dar uma solução para o racha no PSL. Sob pena de, prolongando a crise que divide deputados e senadores entre os fiéis à legenda e um grupo bolsonarista, ver-se ainda mais isolado dentro do Congresso. No momento, é seguro dizer, a indefinição dentro da sigla deixa o presidente do Brasil atado à boa vontade do DEM e do MDB. Do DEM pois, até o momento, é a disposição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) que garantem a tramitação de pautas econômicas, de consenso, que impedem derrotas sucessivas ao governo. E do MDB pois o partido de Renan Calheiros (AL) acumula a liderança do governo no Senado e no Congresso.
Mas, a crise do PSL parece longe do fim. O presidente da legenda, Luciano Bivar, e seus correligionários lutam para minar o poder político dos filhos do chefe do Executivo federal. Há, ainda, um processo para expulsar Eduardo Bolsonaro, e que abriria caminho para o grupo recuperar a liderança da agremiação dentro da Câmara. Embora um dos vice-líderes da sigla, Bibo Nunes (RS), tenha partido em defesa de Eduardo no caso da declaração sobre um novo AI 5, a opinião oficial do partido, é de repúdio integral a “qualquer manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários”. “Fica aqui nossa manifestação de repúdio a esta tentativa de golpe ao povo brasileiro”, encerra o texto.
 
Para Bibo, embora não tenha base formada no Congresso, Bolsonaro ainda goza de maioria absoluta no partido. Isso daria alguma comodidade no plenário. “O presidente tem com ele a maioria absoluta. São 29 deputados. Mas, mais que isso, dos 53, o presidente tem apoio de, no mínimo 50, independente de ala. O que tem de rebelde, acredito que os mais rebeldes sejam Joice (Hasselman), Bivar, e o ex-líder (Delegado) Waldir. Mas acredito que até eles votem junto do presidente. Eles deixam os nossos problemas de lado”, garnatiu.
 
“Mas, uma interferência viria dos três”, acrescentou. Sobre as lideranças do MDB e a dependência dos presidentes da Câmara e do Congresso, Bibo minimizou. “É uma opção do presidente. Se ele fez isso, tem motivo”, afirmou. Acredito que ele devesse abrir mais o leque para demais partidos. Seria interessante”, disse. O pesselista gaúcho emendou, no entanto, que qualquer apoio de partidos não implicará em troca de favores.

Faltou combinar Da ala de Luciano Bivar, Júnior Bozzella (SP), não pensa como Bibo. Em um cenário pessimista, claro, é possível imaginar que Bolsonaro perdesse até 24 votos dentro do PSL. O deputado não vai tão longe na suposição, mas destaca que “o presidente não tem apoio automático dentro de nenhuma agremiação”. “Nem dentro do PSL, que nunca foi alienado. O que você tem é um grupo mais extremista, que se uniu agora (ao partido), que acaba se curvando e sendo mais submisso, se envolvendo nessas brigas de narrativas”, declarou.
 
Bozzella coloca o PSL na mesma posição dos demais partidos na Câmara. “Para efeito de votação, esse grupo que se rendeu (a Bolsonaro) deve ter um apoio mais cego. A ala mais equilibrada, independente e responsável, que não flerta com autoritarismo e respeita as bandeiras da liberdade econômica e da democracia, não se curva, não se ajoelha. Apoia o governo no que é interesse convergente à população. Tudo que o governo conseguiu avançar (na Casa) se deve a essa maturidade. O Executivo não tem uma relação com a Câmara. Não facilita. Não respeita as instituições”, atacou. Mas, jamais vamos fazer oposição ao povo brasileiro”, emendou.
Outro ponto apontado por Bozzella é a relação de Bolsonaro, justamente com o DEM e com o MDB. Para o parlamentar, pode não ser um problema. Ainda assim, ele aponta, é uma incoerência com o discurso de campanha. “A partir do momento que o governo tropeça nas próprias pernas gerando uma crise a cada instante, acaba tendo de se render aquilo que condenava. Não digo se é certo ou errado, mas está remando contra a maré no que disse que ia fazer. Acaba cada vez mais ficando em uma sinuca de bico”, provocou.

Ruído na comunicação Líderes de outros partidos na Câmara evitam de falar do que acontece do lado de dentro do PSL, mas confirmam o isolamento crescente de Bolsonaro. Sem se identificar, um parlamentar da oposição afirmou que chegou a ser procurado por um pesselista da ala de Bivar, com interesse em repassar denúncias contra adversários. Articulador do centro, o líder do PL, Wellington Roberto (PB) avalia que a usina de crises do Executivo o distancia dos aliados. “A questão interna do PSL cabe aos líderes e ao presidente do partido. Agora, a situação do governo na questão de apoio fica mais difícil a cada dia. Não tem avanço. A gente procura ajudar como pode, mas predominando a agenda da Câmara e do Senado”, avaliou.



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