"Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, consules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", disse o filho do presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar diz esperar que a situação "não chegue a esse ponto", embora veja a esquerda como "um inimigo interno difícil de identificar". "É uma guerra assimétrica, não é uma guerra onde você está vendo o seu oponente do seu lado e você tem que aniquilá-lo, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno de difícil identificação aqui dentro do país. Espero que não chegue a esse ponto, mas a gente tem que estar atento", alertou.

O decreto conferia ao presidente poderes como cassação de mandatos nas três esferas de poder, suspensão de direitos políticos dos cidadãos (demitir e aposentar funcionários públicos, por exemplo), decretar estado de sítio sem retrições ao país, e legislar por decreto. No âmbito das garantias civis, o AI-5 derrubou o direito a habeas corpus (liberdade provisória garantida ao cidadão enquanto responde a processo) concedido a acusados de crimes contra a segurança nacional. Eles também passaram a ser julgados por tribunais militares, sem possibilidade de recorrer.
