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Estado de Minas

Ministro do Turismo diz que Bolsonaro é alvo de crime no caso Marielle

Para ele, vazamento do inquérito foi criminoso. Denunciado pelo MP no caso das candidaturas laranja, Marcelo Álvaro também disse ter sido injustiçado


postado em 30/10/2019 12:55 / atualizado em 30/10/2019 13:53

(foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press)
(foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press)

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou na manhã desta quarta-feira (30)  que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é alvo de uma ação "maldosa" da mídia para tentar relacioná-lo ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. Ao participar de um seminário do setor em Belo Horizonte, ele cobrou a investigação do vazamento de informações do inquérito que apura a morte a tiros da parlamentar do Psol, que chamou de criminoso.

“Isso foi um crime cometido obviamente com o intuito de atingir o presidente Jair Bolsonaro de uma forma maligna e covarde”, afirmou se referindo à reportagem do Jornal Nacional. A matéria mostrou que o porteiro do condomínio em que Bolsonaro mora disse à polícia que Elcio de Queiroz, suspeito de envolvimento na morte de Marielle, entrou no local alegando que iria à casa de Bolsonaro. O destino, no entanto, foi a residência de Ronnie Lessa, principal suspeito do crime.

Segundo Marcelo Álvaro, a divulgação da informação foi uma “ação covarde” que ele atribui a parte da mídia, que estaria insatisfeita com o corte de recursos de publicidade do governo e, por isso, "joga contra o tempo inteiro". “


“Houve um crime de vazamento que precisa ser apurado. Isso aí é um absurdo, tentar envolver o presidente com a morte da Marielle, para mim passou de todos os limites. Tudo vai ser investigado e tem que ser mesmo para provar a completa e irresponsabilidade de parte da empresa”, afirmou.

Laranjas


O ministro também se considera “injustiçado” no indiciamento pelo caso das candidaturas laranjas em Minas Gerais. Segundo ele, as quatro candidatas acusadas fizeram campanhas políticas e no inquérito, que tem mais de seis mil páginas e 80 pessoas envolvidas, somente uma pessoa lhe citou. “Fui indiciado injustamente pela teoria do domínio do fato porque na época ocupava a presidente do partido”, afirmou.

Marcelo Álvaro está envolvido também na crise que racha o PSL, já que parte das lideranças acredita que ele teria sido blindado pelo governo enquanto o presidente nacional Luciano Bivar foi exposto e chamado de “queimado” por Bolsonaro.

Questionado sobre a diferenciação, o ministro do Turismo disse que passou por uma devassa por parte da polícia, Ministério Público, órgãos de imprensa e adversários políticos. “Não teve ninguém no Brasil mais investigado nos últimos nove meses que eu. Dizer que eu sou blindado? Não vejo dessa forma.”

Na crise, o ministro indicou que vai acompanhar Bolsonaro, caso ele deixe a legenda. Marcelo Álvaro Antônio disse ter um compromisso com o presidente. “Todo nosso esforço é para que tudo possa se resolver e a união volte acontecer, mas tenho compromisso com o presidente Jair Bolsonaro”, disse.

O ministro do Turismo de Bolsonaro foi denunciado no início de outubro pelo Ministério Público de Minas Gerais por usar candidaturas laranja para obter recursos do fundo eleitoral. Além de Marcelo Álvaro Antônio, outras dez pessoas foram apontadas como participantes do esquema. Entre elas estão os assessores do ministro Haissander de Paula, Mateus Von Rondon e Roberto Silva Soares. De acordo com o MP, os três faziam a intermediação entre os partidos e gráficas.

A Polícia Federal também indiciou Marcelo Álvaro Antônio no inquérito da Operação Sufrágio Ostentação, que acusa o ministro dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e apropriação indébita.

Investe turismo


Marcelo Álvaro Antonio participou do anúncio do investimento de R$ 2,6 milhões em nove cidades mineiras dentro do Investe Turismo. O programa é uma parceria entre o ministério, o Sebrae, a Embratur e governo de Minas. Estão contempladas no programa as rotas Trilha do ouro (Mariana, Ouro Preto, Sabará e Congonhas), Rota dos Diamantes (Diamantina), Trilha dos Inconfidentes (Tiradentes e São João del Rei), Veredas do Paraopeba (Brumadinho) e Belo Horizonte.

Minas Gerais terá menos de 2% do Investe Turismo, que prevê R$ 200 milhões em 30 rotas do país. Segundo o superintendente do Sebrae em Minas, Afonso Rocha, não haverá transferência de recursos. A própria instituição vai usar o dinheiro em projetos que atendam aos parceiros, ajudando em pontos como divulgação de destinos e capacitação de mão de obra. Segundo Rocha, as rotas mineiras foram escolhidas pensando nas vocações do estado.

"Nossa preocupação é gerar resultado.  Esse recurso vem para alavancar ainda mais o turismo em Minas", afirmou o superintendente. De acordo com ele,  o Sebrae já investiu R$ 6 milhões no turismo em Minas este ano. Há uma preocupação especial do Sebrae em fomentar negócios em Brumadinho para ajudar a cidade a se reposicionar economicamente, depois da tragédia com rompimento de mais uma barragem da Vale na cidade.

Sobre o valor para o estado ser baixo em relação ao montante total,  Afonso Rocha disse que há muitos destinos no país. Ainda segundo ele, e Minas é polivalente enquanto outros destinos vivem quase exclusivamente do turismo.

A subsecretária de Turismo de Minas Gerais, Marina Simião, disse que o dinheiro vai ajudar a promover o mercado de viagens nacional e internacionalmente. Ela destacou que Minas Gerais vai receber a semana nacional do turismo em dezembro,  o que também vai contribuir para o setor.


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