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Estado de Minas CONGRESSO

Comissão rejeita ampliar gratificação

Colegiado da Câmara recusa destaque que estendia benefício da alta patente a todos os militares na reforma da Previdência


postado em 30/10/2019 04:00

Comissão especial vai enviar projeto dos militares direto para o Senado se não houver mudanças (foto: CLÁUDIO ANDRADE/AGÊNCIA CÂMARA)
Comissão especial vai enviar projeto dos militares direto para o Senado se não houver mudanças (foto: CLÁUDIO ANDRADE/AGÊNCIA CÂMARA)

Brasília – A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência dos militares rejeitou ontem um destaque apresentado pelo Psol que estendia o aumento de gratificação a todos os militares e acabava com a diferenciação por cursos e qualificações. Esse foi o ponto que gerou maior polêmica, porque o texto-base, aprovado na semana passada prevê reajuste de até 73% do adicional de habilitação para militares de altas patentes, como generais, e de 12% para militares de patente mais baixa.

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) disse que apresentará requerimento para que o projeto seja votado no plenário da Câmara dos Deputados. A votação na comissão é terminativa, ou seja, o projeto seguirá direto para o Senado a não ser que seja apresentado requerimento com 51 assinaturas pedindo a análise em plenário. A rejeição causou comoção entre representantes de associações de praças que acompanharam a votação. A sessão chegou a ser suspensa em meio a muita gritaria. Militares da reserva e mulheres de militares que estavam mais exaltados foram retirados do plenário por seguranças.

Uma das mais revoltadas era a presidente da Associação Bancada Militar de Minas Gerais, Kelma Costa, que foi candidata a deputada federal por Minas em 2018 pelo PSL. "Fiz campanha por você, presidente Jair Bolsonaro, você me conhece, estou decepcionada com o senhor. Estou revoltada com esse projeto que só beneficia generais", afirmou.

A discussão do projeto também gerou discussão entre parlamentares do dividido PSL, contrapondo, mais uma vez, o líder do governo Major Vitor Hugo (GO) e o ex-líder do PSL Delegado Waldir (GO). "Quem será a hiena da Marinha, Exército e Aeronáutica? Vamos aguardar e veremos", disse Waldir, em referência ao vídeo publicado na conta do Twitter de Jair Bolsonaro na segunda-feira,já apagado, em que hienas representando o PSL, o STF e outros cercavam um leão que representava o presidente.

Vitor Hugo disse que houve preocupação do governo em não só fazer reajuste, mas de reestruturar as carreiras. "Não é verdade que entraremos em quartéis com algum tipo de receio. Tenho mensagens de praças ansiosos por essa aprovação e parabenizando o governo", afirmou. Com rejeição do destaque do Psol, ficou prejudicado um segundo destaque apresentado pelo DEM com o mesmo teor. O Solidariedade retirou um destaque semelhante que havia sido apresentado pelo partido.

O relator do projeto da Previdência dos militares, deputado Vinícius Carvalho (Republicanos-RJ), disse que a proposta de estender aumento de gratificação a todos os militares custaria R$ 130 bilhões em 10 anos aos cofres públicos. O governo pretende economizar R$ 10,4 bilhões em uma década com a reforma e a reestruturação das carreiras previstas no projeto.



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