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Estado de Minas POLÍTICA

'Se alguém grampeou, é uma desonestidade', diz Bolsonaro sobre áudio vazado

A conversa gravada, atribuída ao presidente, solicitava apoio para derrubada do Delegado Waldir da liderança do PSL na Câmara e a substituição dele por Eduardo Bolsonaro


postado em 17/10/2019 10:09 / atualizado em 17/10/2019 12:00

(foto: AFP / Mauro Pimentel )
(foto: AFP / Mauro Pimentel )
Após vazamento de áudio sobre suposta articulação para troca do líder do PSL na Câmara, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 17, que, se alguém o "grampeou", foi um ato de desonestidade. "Eu não trato publicamente deste assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade", afirmou o presidente.

Na noite de quarta-feira, 16, um grupo de 27 deputados do PSL decidiu destituir o líder da bancada na Câmara, Delegado Waldir (GO), substituindo-o por Eduardo Bolsonaro (SP). Deputados do PSL ligados ao presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), apresentaram nova lista, para manter Delegado Waldir no cargo, e abriram uma "guerra de listas". 

O pedido para a troca de líder do PSL na Câmara foi feito pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que conversou com parlamentares do PSL e cobrou apoio para seu filho "zero três". Na terça-feira, 15, Delegado Waldir havia orientado a bancada do PSL a votar contra uma Medida Provisória que tratava da reestruturação administrativa da Casa Civil e da Secretaria de Governo.

A conversa gravada, atribuída ao presidente, na qual solicitava apoio para derrubada do Delegado Waldir, foi divulgada na noite de quarta pela imprensa
. "Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com os deputados", disse Bolsonaro. Questionado se pedirá investigação sobre o vazamento, Bolsonaro deixou a conversa com a imprensa em frente ao Palácio da Alvorada, onde o presidente costuma fazer selfies com fãs e conversar e responder a perguntas de jornalistas.

Crise

Bolsonaro externou a crise no partido na última semana, ao pedir a um militante que "esquecesse o PSL" e dizer que Bivar estava "queimado para caramba". Desde então, a sigla está rachada entre os pró-Bivar e os pró-Bolsonaro. Na última terça-feira, 15, uma operação de busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal em endereços ligados a Bivar, no Recife, agravou a crise no partido e ameaça prejudicar o andamento de projetos de interesse do Palácio do Planalto no Congresso.


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