
No documento, de 16 páginas, Magalhães rebate o colega Mateus Simões (Novo), que, junto do advogado Mariel Marra, fez a representação pela cassação do parlamentar do Democracia Cristã. Eles alegam quebra de decoro por parte do ex-presidente da Casa.
“Beira ao absurdo a assertiva veiculada pelo vereador Mateus Simões no sentido de que ‘a legitimidade do denunciado se esvai na medida em que há essa clara mudança de status político’, tendo em vista que não pesa sobre Wellington Magalhães, repita-se, nenhuma condenação. O uso de tornozeleira eletrônica não modifica o status político. Certifica o poder do Estado, mas não serve como prova para incriminação do denunciado eis que ausente qualquer decisão condenatória sobre os ilícitos apontados na denúncia”, diz um trecho do texto da defesa.
Em 28 de junho de 2019, o pedido de abertura de processo foi apresentado por Simões à Câmara. Ele foi aceito pela Casa em 14 de agosto, quando 39 vereadores votaram pela abertura da Comissão Processante (CP).
A comissão é formada por Preto (DEM - presidente), Elvis Côrtes (PHS - relator), e Maninho Félix (PSD - membro). O parecer da CP, pela continuidade ou pelo arquivamento da denúncia, deve ser apresentado dentro de cinco dias.
Em um ano, esta é a segunda vez que Wellington Magalhães enfrenta um processo que poderá levar à cassação do seu mandato. Em agosto de 2018, o plenário arquivou uma denúncia contra o parlamentar.
