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Estado de Minas

MP deflagra operação contra desvio de quase R$ 3 milhões da Câmara de Sete Lagoas

Órgão investiga a participação de servidores e vereadores em uma nova forma de 'rachadinha' por meio de empréstimos consignados


postado em 04/09/2019 16:23 / atualizado em 04/09/2019 17:11

Investigações relacionadas ao desvio da verba pública estão em curso desde 2015(foto: Divulgação/Câmara Municipal de Sete Lagoas)
Investigações relacionadas ao desvio da verba pública estão em curso desde 2015 (foto: Divulgação/Câmara Municipal de Sete Lagoas)
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil de Minas Gerais deflagraram, nesta quarta-feira, uma operação de combate ao desvio de verbas da Câmara Municipal de Sete Lagoas, na Região Central do estado. Segundo as investigações, servidores e vereadores da Casa estariam envolvidos em um repasse ilegal de quase R$ 3 milhões.

Um mandato de busca e apreensão foi cumprido na casa do ex-servidor João Gualberto Gonçalves. Além disso, R$ 2.960.362,74  foram bloqueados em bens móveis e imóveis relacionados ao investigado. O promotor Fabrício José da Fonseca explicou que foi constatada a prática de uma nova forma de “rachadinha”.

“Servidores da Câmara, que ocupavam cargos em comissão, eram contratados com o compromisso de obter empréstimos consignados na Caixa e repassar os valores aos vereadores. Parte deles foram pagos com recursos públicos. Era uma forma de desviar recursos públicos por meio de agentes que ocupavam cargos em comissão, uma nova forma de ‘rachadinha’. Não ‘rachadinha’ com os salários, mas utilizando esses valores levantados com empréstimos. Após a obtenção dos valores, eles eram repassados a alguns vereadores”, disse.

O MP pediu a prisão temporária de João Gualberto Gonçalves, um dos investigados, mas não foi deferido pelo Poder Judiciário. As investigações estão em curso desde 2015. Fabrício Fonseca informou ainda que a venda ilegal de férias também pode ter sido usada para o desvio de dinheiro público.

“Também investigamos, e há indícios, de desvio de recursos por meio da venda ilegal de férias. Não há nesse exato momento como apurar o número total de investigados nem o valor total desviado dos cofres da Câmara, estamos ainda em fase de apuração. Esta primeira fase se destinou a levantar provas dos destinatários e dos mentores intelectuais desse esquema de desvio de recursos públicos”, finalizou.

O MP acredita que os investigados possam ter praticado os crimes de associação criminosa, peculato, concussão, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de bens, direitos e valores. Procurada pelo Estado de Minas, a Câmara informou que não foi notificada por nenhum órgão.


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