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Estado de Minas

Delegados da PF temem troca de diretor-geral após declaração de Bolsonaro

Ao afirmar que confia ''plenamente'' nos ministros, o capitão reformado disse que a escolha do diretor-geral da PF é de competência exclusiva do presidente


postado em 22/08/2019 11:09

O texto foi interpretado por delegados como a senha para retirada de Mauricio Valeixo do cargo de diretor-geral(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
O texto foi interpretado por delegados como a senha para retirada de Mauricio Valeixo do cargo de diretor-geral (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Salvador — Um tuíte de Jair Bolsonaro publicado, na tarde dessa quarta-feira (21/8), deixou os delegados da Polícia Federal em estado de alerta com a possibilidade de troca de comando na corporação. Ao afirmar que confia “plenamente” nos ministros, o capitão reformado disse que a escolha do diretor-geral da PF é de competência exclusiva do presidente.

O texto foi interpretado por delegados como a senha para retirada de Mauricio Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Reunidos na 4ª edição do Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, na capital baiana, delegados da corporação temiam pelo anúncio de Bolsonaro. “É o pior momento para essa troca, principalmente depois do episódio de tentativa de interferência em superintendências regionais”, disse o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva.

Na semana passada, uma declaração de improviso de Bolsonaro pegou de surpresa os delegados. “Todos os ministérios são passíveis de mudança. Vou mudar, por exemplo, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Motivos? Gestão e produtividade”, disse. Um depois, Bolsonaro aumentou o tom, mas teve de recuar.
 
Os movimentos do presidente, entretanto, continuaram com a tuitada, deixando apreensiva a cúpula da corporação. “Isso tem causado uma instabilidade enorme”, afirmou Paiva. Segundo delegados, o diretor-geral se diz tranquilo por ter sido indicado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Nos bastidores, delegados discutem, caso se confirme a troca por Bolsonaro, uma entrega de cargos no ministérios e nas superintendências.


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