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Estado de Minas

Novos diálogos revelam que Deltan incentivou investigações contra Toffoli

Mensagens atribuídas ao procurador e divulgadas nesta quinta-feira (1º/8) revelam que ele teria sugerido investigação sobre as finanças pessoais do atual presidente do STF em 2016, após decisões de Toffoli contra a Lava-Jato


postado em 01/08/2019 10:57

O procurador de(foto: Heuler Andrey)
O procurador de (foto: Heuler Andrey)

Novos diálogos da "Vaza-Jato" revelam que o procurador Deltan Dallagnol teria incentivado investigações contra Dias Toffoli, após o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) tomar decisões que incomodaram a força-tarefa da Lava-Jato. As mensagens datam de 2016 e foram analisadas e publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (1º/8).

Segundo a reportagem, Deltan buscou informações sobre finanças pessoais de Tofolli e sua esposa, Roberta Rangel, além de evidências que o aproximasse de empreiteiras envolvidas em corrupções na Petrobras.

O procurador foi ao banco de dados da Receita Federal buscar informações sobre o escritório de advocacia da esposa de Toffoli e procurou informes sobre a reforma de uma casa do ministro, em Brasília, que foi reformada pela OAS.

Ao jornal, a força-tarefa da Operação Lava-Jato não entrou em detalhes sobre o conteúdo das mensagens obtidas, mas disse que é comum o intercâmbio de informações para verificar, em caráter preliminar, fatos de que o Ministério Público tenha conhecimento. "Isso impede inclusive que se dê início a apurações injustificadas", acrescentou.

Em uma conversa com Eduardo Pelella, chefe de gabinete do então procurador-geral, Rodrigo Janot, Deltan pede o endereço da casa reformada de Toffoli e afirma: “sei que o competente é o PGR rs, mas talvez possa contribuir com vcs com alguma informação, acessando umas fontes.”

De acordo com a Constituição
, procuradores da 1ª Instância, como Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, não podem investigar ministros do STF. Nesse caso, a investigação cabe ao procurador-geral da República, em nome do Ministério Público Federal.

 

A força-tarefa da Lava-Jato se incomodou com o fato de o ministro do STF ter mantido as investigações sobre a Eletronuclear longe de Curitiba.

Além disso, ele mandou soltar o ex-ministro Paulo Bernardo após a prisão pela Lava-Jato, em São Paulo. Na decisão, Toffoli afirmou que não havia elementos no processo que justificassem a manutenção da prisão preventiva.

Um mês depois da conversa instigando a investigação contra Toffoli, a revista Veja publicou uma reportagem sobre a reforma da casa de Toffoli e mencionou a delação de Léo Pinheiro. No entanto, o delator não havia apresentado nenhuma prova sobre o assunto.

O vazamento provocou um mal-estar no STF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) interrompeu as negociações com a OAS. O assunto dividiu os procuradores. Alguns defenderam a medida. “Quando chega no judiciário, eles se fecham. Corrupção para apurar é a dos outros”, reclamou Dallagnol.

Na época, o ministro Gilmar Mendes apontou os procuradores da Lava-Jato como responsáveis pelo vazamento. Conforme a Folha, Dallagnol também teria sugerido a procura de informações referentes a Guiomar Mendes, esposa de Gilmar.


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