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Estado de Minas

Deputada do PSL diz à PF ter 'convicção' de que ministro do Turismo comandava esquema de laranjas em Minas

Em depoimento à Polícia Federal na manhã desta segunda-feira, Alê Silva ainda acusou Marcelo Álvaro Antônio de empregar assessores ligados ao esquema em cargos públicos. Ministro negou acusações


postado em 13/05/2019 18:04 / atualizado em 13/05/2019 19:20

Marcelo Álvaro Antônio participou de audiência da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira e disse que tem a consciência 'absolutamente tranquila'(foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Marcelo Álvaro Antônio participou de audiência da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira e disse que tem a consciência 'absolutamente tranquila' (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A deputada federal Alê Silva (PSL) afirmou nesta segunda-feira ter a “convicção” que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), comandava o suposto esquema de candidaturas-laranja apresentadas pela legenda nas eleições do ano passado em Minas Gerais.

Durante depoimento de cerca de duas horas na Polícia Federal, a parlamentar ainda acusou o ministro de ameaçá-la e produzir notícias mentirosas envolvendo seu nome. Em Belo Horizonte para participar de reunião da Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa, Marcelo Álvaro Antônio rebateu as declarações.

A deputada federal argumentou à PF que vários dos assessores envolvidos no esquema – que consistia no desvio de recursos de fundo público destinado a candidaturas femininas – foram nomeados para cargos no Ministério, na Assembleia Legislativa e comissões municipais. Os nomes não foram informados em entrevista logo depois do depoimento.

“A partir da denuncia, ele ao invés de se colocar ao lado da pessoa que o teria denunciado, e se colocar à disposição da Justiça para ajudar a investigar, ele começou a me ameaçar. E colocou aqueles envolvidos, todos seus assessores indiretamente envolvidos no esquema, colocou ainda para mais perto de si”, afirmou.

Marcelo Álvaro Antônio rebateu as acusações: disse que tem a consciência “absolutamente tranquila” e que nunca orientou qualquer assessor a praticar qualquer irregularidade na campanha de 2018. “O caso está na mão da PF, a gente tem profunda confiança e profundo respeito no trabalho da PF, e a PF vai dizer a respeito do fato aqui em Minas”, afirmou, depois de participar de audiência na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte.

De acordo com ele, durante a campanha ele estava sobrecarregado com as viagens para pedir votos a deputado federal e a coordenação da candidatura de Jair Bolsonaro no estado, portanto, não teve qualquer participação nas discussões sobre divisão de recursos de campanha. O ministro ainda agradeceu a postura do presidente em relação às denúncias.

“Eu tenho a minha consciência absolutamente tranquila e não tenho motivo para sair do ministério. O presidente é um homem honesto, justo, e não vai fazer nenhum tipo de prejulgamento até a conclusão do trabalho da PF”.

No mês passado, Alê Silva tornou público que o ministro do Turismo teria a ameaçado de morte durante reunião com integrantes da legenda no final de março, em Belo Horizonte. Na ocasião ela prestou depoimento voluntário à PF e solicitou proteção policial, quando confirmou a existência do esquema de candidaturas laranjas no PSL mineiro.

As denúncias indicam que recursos expressivos eram destinados a candidatas, sem que elas fizessem campanha que justificasse o gasto. O dinheiro era repassado então a empresas ligadas a assessores do mininistro, que na época era deputado federal.


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