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Estado de Minas

Mourão atende Bolsonaro e evita falar de Olavo: 'Discussão paroquial'

Blindado com forte esquema de segurança e orientado a evitar a imprensa, o vice-presidente disse que o governo tem questões mais importantes a resolver


postado em 09/05/2019 13:37 / atualizado em 09/05/2019 14:32

Mourão veio a Belo Horizonte para falar da reforma da Previdência para empresários mineiros(foto: Jair Amaral EM/D.A. Pres)
Mourão veio a Belo Horizonte para falar da reforma da Previdência para empresários mineiros (foto: Jair Amaral EM/D.A. Pres)

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira (9), em Belo Horizonte, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem questões “mais importantes” a discutir do que os ataques do guru Olavo de Carvalho feitos aos militares. Em visita a empresários mineiros, ele adotou nova postura e fez apenas um breve pronunciamento, no qual se concentrou em defender a reforma da Previdência. A mudança atende ao que Bolsonaro pediu publicamente: que os integrantes do governo não alimentassem o bate-boca com os olavistas, entre os quais estão incluídos os seus três filhos.

Questionado sobre Olavo de Carvalho, o vice-presidente disse que Bolsonaro já deixou claro que essa questão é uma página virada. “Vamos tocar. Todas as questões que falei aqui para vocês são muito mais importantes do que essa discussão paroquial”, disse. Mourão saiu rapidamente para evitar outras perguntas da imprensa, que foi posicionada no subsolo do Teatro Sesiminas e não pode assistir à palestra que ele fez para industriais.

O vice-presidente estaria orientado a não dar entrevistas, segundo informação da colunista Mônica Bergamo do jornal Folha de São Paulo. A nova blindagem do vice ocorre por causa da guerra pública entre a ala do governo alinhada com o guru dos Bolsonaro,  Olavo de Carvalho, e os militares.

Nesta semana, após duras críticas de Olavo a militares, partindo para ataques pessoais e usando até palavras de baixo calão, Bolsonaro usou as redes sociais para exaltar o escritor responsável por ideologias do governo. Depois disso, em entrevista nessa quarta-feira (8), indicou que os atacados deveriam engolir o sapo ao dizer que ele próprio engole as criticas que recebe pela "fosseta" lacrimal e fica quieto.

Não é a primeira vez que Mourão atende a um pedido de Bolsonaro para ficar calado. Em dezembro, na última visita que fez a Belo Horizonte, ele admitiu que evitaria falar a pedido do presidente porque às vezes falava demais.

Palestra


Após fazer palestra para os industriais mineiros a convite da Federação das Indústrias de Minas Gerais e do governador Romeu Zema (Novo), Mourão disse que, sem a reforma da Previdência, os jovens terão de trabalhar até o último dia da vida.

“A questão da nova Previdência é uma grande responsabilidade de nós mais velhos para que a juventude do Brasil efetivamente tenha um futuro. Caso contrário, estaremos fugindo da nossa responsabilidade e deixando vocês tendo que trabalhar até o último dia que tiverem na nossa terra, e não é isso que desejo pra vocês. Também tenho filhos e netos e quero o melhor para eles”, disse.


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