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Estado de Minas

Após pressão de ativistas, Bolsonaro cancela viagem a Nova York

Presidente seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Planalto credita desistência a ''pressões de grupos de interesses''


postado em 03/05/2019 20:36 / atualizado em 03/05/2019 20:44

O Planalto escreveu ainda que a decisão foi tomada depois que vários setores do governo foram consultados(foto: Evaristo Sa/AFP)
O Planalto escreveu ainda que a decisão foi tomada depois que vários setores do governo foram consultados (foto: Evaristo Sa/AFP)
O Governo Federal informou, na noite desta sexta-feira, o cancelamento da viagem do presidente, Jair Bolsonaro (PSL), a Nova York, entre os dias 12 a 15 de maio, onde receberia o prêmio de “Personalidade do Ano de 2019” da Câmara de Comércio Brasil-EUA.  

Em uma nota assinada pelo porta voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, a administração creditou a desistência às pressões “de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente”.

Além disso, o porta voz relembra os ataques, considerados “deliberados”, do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, a Bolsonaro, em uma rádio dos EUA. Na ocasião, o americano chamou o presidente de “um homem perigoso” por suas posições “racistas, homofóbicas e contra a proteção da Amazônia”. 

Em outra ocasião, Blasio agradeceu o Museu de História Natural por cancelar o evento com o presidente. Inicialmente, o local seria palco da cerimônia que homenagearia Bolsonaro.

"Jair Bolsonaro é um homem perigoso. Seu racismo evidente, sua homofobia e suas decisões destrutivas terão impacto devastador no futuro do nosso planeta. Para o bem da nossa cidade, agradeço ao Museu de História Natural por cancelar esse evento", publicou no Twitter, no mês passado.

Além das declarações e do posicionamento de Blasio, o evento também enfrentou resistências financeiras. Após forte pressão de ativistas, três empresas que inicialmente patrocinariam a cerimônia recuaram. Tratam-se da companhia aérea norte-americana Dela Airlines, o jornal britânico Financial Times e a consultoria Bain & Company.

Manifestantes brasileiros e americanos de 12 grupos diferentes, incluindo vários ambientalistas e ativistas LGBT, protestaram contra Bolsonaro todas as noites em frente ao hotel Marriott Marquis, na Times Square, no coração de Manhattan, onde seria realizado o jantar.

Essa seria a segunda viagem do presidente aos Estados Unidos em menos de dois meses. Em 17 de março, Bolsonaro embarcou para o país, onde se reuniu com o presidente americano, Donald Trump. Na ocasião, o líder brasileiro ainda se reuniu com apoiadores, além do escritor Olavo de Carvalho, que tem forte influência sobre o governo.

*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa  


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