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Estado de Minas

Deputado mineiro confunde valores de verba e critica reportagem

Depois de matéria mostrando que teria descumprido post em que prometeu não gastar ajuda de custo de R$ 27 mil, Coronel Sandro (PSL) alega que referia-se ao auxílio paletó, que é de R$ 50.644,50, e divulga vídeo com ataques ao Estado de Minas


postado em 30/03/2019 14:51 / atualizado em 30/03/2019 15:13

Em post no Facebook, deputado escreve que abriria não de gastar verba de R$ 27 mil - valor, segundo portal da Assembleia Legislativa, destinado a custos com o gabinete(foto: Facebook/Reprodução)
Em post no Facebook, deputado escreve que abriria não de gastar verba de R$ 27 mil - valor, segundo portal da Assembleia Legislativa, destinado a custos com o gabinete (foto: Facebook/Reprodução)

O deputado estadual Coronel Sandro (PSL) divulgou nesta sexta-feira, nas redes sociais, um vídeo em que nega ter prometido não gastar a verba de R$ 27 mil para o custeio do mandato, logo ao assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele argumenta que se comprometeu a abrir mão da chamada verba do paletó – paga no início e no final do mandato, equivalente a um salário cada parcela – , e não da verba de gabinete. O vídeo é uma resposta a matéria publicada no site do Estado de Minas na manhã do mesmo dia. 

A matéria traz a reprodução da postagem feita pelo parlamentar em 4 de fevereiro deste ano. “Hoje, no primeiro dia de trabalho, estamos firmando nosso compromisso de campanha e fazendo valer o que prometemos: estou abrindo mão do auxílio- moradia no valor de R$ 4.377,73 e da ajuda de custo, no valor de R$ 27.000,00. Vamos tomar todas as medidas possíveis para utilizar da melhor maneira o dinheiro dos mineiros”, escreveu o parlamentar.

No novo vídeo divulgado nas suas redes sociais, o deputado afirma que o Estado de Minas produziu uma matéria "mentirosa" e que a reportagem não sabe a diferença entre “ajuda de custo” e “verba indenizatória”. Mas o maior engano parece ter sido cometido pelo próprio deputado. Se a economia a que ele se referia era exclusivamente da chamada verba do paletó, deveria ter informado em seu post que deixaria de gastar R$ 50.644,50 (valor da verba do paletó), e não R$ 27 mil (verba indenizatória).

A ajuda de custo de R$ 27 mil é a chamada verba indenizatória, paga a todos os deputados para custeio de gastos do gabinete. A partir do post publicado por ele no Facebook, a reportagem mostrou que o deputado gastou, em fevereiro, R$ 9.093,72 – um terço da verba a que teria direito para despesas com o mandato. O maior gasto foi com serviços de consultoria, assessoria e pesquisa (R$ 5, mil). Locação e fretamento e veículos consumiram R$ 2,24 mil e combustível R$ 1.316,18. O menor gasto foi com passagens, hospedagem e alimentação (R$ 37,54).

Procurado pela reportagem durante a produção da matéria, o deputado alegou que a mesma postagem de 4 de fevereiro traz um vídeo em que promete não gastar os recursos da verba do paletó, paga no início e final do mandato para gastos pessoais. O benefício, no entanto, é de R$ R$ 50.644,50 – e não de R$ 27 mil, valor postado pelo próprio deputado em um texto que acompanha o vídeo.

Questionado novamente sobre a postagem em que ele fala em economizar R$ 27 mil, informou que tratou-se de um “arrendondamento” do valor do auxílio-paletó. Em tom exaltado, voltou a fazer críticas ao jornal e à reportagem.


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