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Estado de Minas

Congresso volta nesta sexta-feira com disputa pela Mesa e polêmicas

A partir de amanhã, tragédia de Brumadinho e movimentação financeira de Flávio Bolsonaro devem agitar a Câmara e o Senado, que já tem oito candidatos concorrendo à presidência


postado em 31/01/2019 06:00 / atualizado em 31/01/2019 07:21

Renan Calheiros (MDB-AL) enfrenta concorrência de sete colegas para voltar a presidir o Senado(foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL)
Renan Calheiros (MDB-AL) enfrenta concorrência de sete colegas para voltar a presidir o Senado (foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL)

 Os novos deputados e senadores tomam posse nesta sextas-feira num Congresso com renovação recorde (87% no Senado e 47% na Câmara). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aparece como favorito à reeleição. No Senado, a disputa está acirrada, com oito candidatos. O mais forte é Renan Calheiros (MDB-AL), que já foi presidente em quatro mandatos.


Na pauta, a prioridade, se depender do Planalto, será a reforma da Previdência, que o governo quer aprovar neste semestre. E também o possível pedido de instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Fora da pauta, o principal assunto deverá ser as investigações da movimentação financeira de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que assume mandato no Senado amanhã.

A situação de Renan é menos confortável do que a de Maia. Uma das rivais é do próprio MDB: Simone Tebet (MS). Simone tem apoio de s tucanos e é vista com mais simpatia pelo Planalto do que Renan. Mas, dificilmente, terá respaldo da legenda. A grande incógnita é quem comandará as sessões de amanhã no Senado, o que poderia resultar em eleição em segundo turno com voto aberto. É algo que pode dificultar a situação de Renan, tanto pela resistência do Planalto a seu nome quanto por protestos populares que enfrentou no passado, diante das acusações de corrupção.

Davi Alcolumbre (DEM-AP), também candidato, deve comandar a sessão das 15h, em que serão empossados os novos senadores, e a das 18h, na qual haverá eleição de presidente, vices e secretários. Esse é o entendimento da Secretaria-Geral da Mesa, pois ele é terceiro-secretário suplente na legislatura atual. Nenhum dos outros membros da mesa foi reeleito.

Câmara

Na Câmara, Rodrigo Maia conseguiu  apoio oficial de mais três partidos: MDB, PP e PTB. Diante da resistência da esquerda em formar bloco com o Centrão, eles decidiram se unir ao demista. Assim, ao menos participam das negociações por espaços importantes na Casa. Maia agora conta com 15 partidos aliados, o que soma mais de 300 deputados, se conseguir o voto de todos. Para que o presidente seja definido em apenas um turno, são necessários 257.

Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Essa é a aposta de Fábio Ramalho (MDB-MG), que não abriu mão de disputar como avulso, mesmo com apoio formal do MDB ao atual presidente. “Não tenho medo de disputar com quem quer que seja”, disse. Um dos rivais mais engajados de Maia, Ramalho acredita ter até 200 votos.

O mesmo ocorreu com PP e PSL. Ricardo Barros (PP-PR) também disputa como avulso, após a bancada ter declarado apoio ao candidato do DEM. General Peternelli (PSL-SP) contrariou a decisão do partido e lançou a própria candidatura.  A pulverização entre os aliados prejudica Maia mais do que os outros candidatos, porque, quanto mais adversários competindo pelos votos, menos chances ele tem de vencer em primeiro turno. Arthur Lira (PP-AL) e Alceu Moreira (MDB-RS) retiraram as candidaturas, após as bancadas decidirem apoiar o candidato do DEM.

Ao definir os presidentes, os parlamentares escolhem, indiretamente, nas mãos de quem ficarão as principais comissões, secretarias e relatorias. As funções estratégicas são a pauta principal nas negociações. A dificuldade de Maia é agradar todo mundo. Por enquanto, ele prometeu ao PSL o comando da Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais cobiçadas. Pelo apoio do MDB, dará uma das vagas de suplente da Mesa Diretora e o comando de uma das estruturas da Casa, como Corregedoria ou Procuradoria Parlamentar. Já o PP ficará com a segunda secretaria. Deputados de esquerda que conversam com Maia, em geral, não pretendem votar em Marcelo Freixo (Psol-RJ).


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