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Em dia com a política: Bancar a vítima não vai ajudar Bolsonaro


postado em 20/01/2019 06:00 / atualizado em 20/01/2019 12:33

(foto: ELZA FIUZA/AGÊNCIA BRASIL)
(foto: ELZA FIUZA/AGÊNCIA BRASIL)

Estragou a minha estreia em Davos que poderia ser uma estreia chique, ainda mais com a ausência de Trump. A frase não é do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas cabe como uma luva diante das notícias envolvendo seu filho, deputado estadual e futuro senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Afinal, é claro que jornalistas do mundo afora que lá estarão vão querer saber detalhes do caso.

Bancar a vítima, como declarou o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Onix Lorenzoni, não vai adiantar. Foi ele próprio quem deixou claro. “Temos de aguardar a manifestação da Justiça e o presidente tem absoluta tranquilidade”. Antes, já tinha dito: “Ele é, mais uma vez, vítima desse processo”. Ô! Tadinho do Bolsonaro!

Só que ele deveria pôr a barba de molho. Ihh! Melhor, não. O Barba da Lava-Jato pode querer cobrar direito autoral para pagar os seus caríssimos advogados que cuidam dele na Lava-Jato. Se na delação do ex-ministro Antonio Palocci tem até motoristas relatando malas de dinheiro já basta.

Se “tem sorte de ter os filhos que ele tem”, nas palavras do deputado federal eleito Luciano Bivar (PE) e presidente do PSL, o grande protagonista de sua defesa em favor deles foi o verbo ter. Afinal, três vezes em uma frase tão curta, São Pedro deveria cobrar direito bíblico autoral.

A propósito do direito autoral, só que nada bíblico, vale o lamento que não vem da família Bolsonaro: “A minha alma tá armada e apontada para a cara do sossego. Pois paz sem voz, paz sem voz, não é paz, é medo”. O trecho é de música do Rappa, que entrou em recesso desde o ano passado.

Em 2013, Marcelo Yuka revelou ao EM a descoberta de uma nova paixão – além das mulheres, com quem viveu belas (e também dolorosas) experiências. “Faço a mão, influenciado pela xilogravura. Faço um desenho contínuo, sem parar. Se errar, errei. Não paro”.

Bastaria, mas um último registro traz o resumo da ópera, ops, do pop, do reggae e por aí vai. “O ódio não está no ar só no Brasil. Ele está nas ações do Donald Trump, do Jair Bolsonaro, está na dificuldade da Europa de entender sua responsabilidade em relação aos refugiados da África. É endêmico. Ficou bonito ser feio, colocar opiniões radicais forradas em intolerância”.

A frase diz tudo o que é necessário para terminar por aqui. Vá em paz, Marcelo Yuka, pois “paz sem voz/ paz sem voz/ não é paz, é medo”.

Tiro certo


Defesa do Lula atirou no que leu e acertou em quem não tinha lido. Afinal, teve: narrativa mentirosa e mirabolante… Benefícios negociados clandestinamente… Instância internacional (ONU). Manifestamente ilegal o vazamento “de atos indeterminados”. Quanto à “curiosa a divulgação dessa delação sem provas justo hoje quando outro motorista ocupa o noticiário” no meio do escândalo, faz sentido a alegação do advogado Cristiano Zanin Martins, um dos mais caros do país e defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ah! O outro motorista é Fabrício Queiroz, que atende o deputado Flávio Bolsonaro.

A propósito

“Se correr da notícia, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) passará recibo de que o mote de sua campanha de combate à corrupção já ficou para trás. Se ficar, terá de fazer com que seu próprio filho consiga se explicar direitinho, sem deixar buracos que possam não só encrencá-lo, como contaminar o governo. Com Jornal Nacional no meio do caminho, a cobrança será feita um dia hoje, outro amanhã e mais ainda depois. É o que acontece quando no meio do caminho tem a JBS e as suas Odebrechts da vida.

O Mecias


Só rezando mesmo e não é erro de digitação. Trata-se do ex-vereador eleito em 1993 e que foi seis vezes deputado estadual. Presidiu duas vezes a Assembleia Legislativa de Roraima. Trata-se do senador Mecias de Jesus (PRB-RR). Ele teve 17,43% dos votos válidos na eleição do ano passado. Durante a campanha, Mecias disse que a educação será prioridade em seu mandato como senador. Sobre a migração de venezuelanos para Roraima, promete cobrar do governo federal. O detalhe é o que mais interessa. Trata-se da Enfermeira Roberta (PRB) e de Afonso Parente (PRB), seus suplentes. Será nepotismo em tratamento pela enfermeira?

Na Suíça


A orientação dada à equipe ministerial de Bolsonaro é o silêncio sobre o caso de seu filho. Nada de comentar em público, é questão particular, promover rapidamente uma blindagem para as suspeitas não contaminarem o governo como um todo e por aí vai. Afinal, início de mandato e em lua de mel com o eleitorado, jogar tudo por terra será o pior dos mundos. Muita gente questiona o silêncio do ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública. Neste caso, fica fácil prever. Como ele dará palestra em Davos, no Fórum Econômico Mundial, questionado sobre o caso será.

“Tá difícil !!!

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Com currículo que inclui, entre vários outros cargos, governador do Ceará, prefeito de Sobral, ministro da Educação no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) e por aí vai, a frase do senador diplomado Cid Gomes - foto (PDT-CE) mostra que ele não dará tréguas ao governo de Bolsonaro. E ele não costuma ser bonzinho, muito antes pelo contrário. Prefere é pegar pesado, doa a quem doer.

Pingafogo

>> Hoje é Dia do Farmacêutico. Já fez exame de sangue? “O responsável técnico do laboratório certamente era um farmacêutico! Precisou de internação hospitalar? Foi ele também quem ministrou o medicamento prescrito, acompanhou o uso e preveniu interações medicamentosas.”

>> Tem mais: seu bebê já precisou de leite especial? Um farmacêutico é o responsável técnico pela indústria que o produziu. Lembra o investigador que faz análise toxicológica para elucidar um crime? Provavelmente era um farmacêutico. Então, parabéns a eles.

>> Se milhares de pessoas atacaram Donald Trump e a Marcha da Mulheres (foto) saiu em defesa aos seus direitos nas redondezas e em frente à Casa Branca, tomara que dê algum resultado. Afinal, ela começou em Washington e se espalhou pelo país, como na California, Nova York e por aí vai.

>> A assessoria do Palácio do Planalto não soube, ou nada quis informar sobre o encontro do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) com o pai presidente Jair Bolsonaro. Pelo jeito, até ela preferiu que a família curtisse o fim de semana sem se intrometer.

>> Enfim, se os próprios analistas de política e especialistas em dar palpite fazem avaliações conflitantes sobre o caso do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), quem sou eu para me intrometer na polêmica. Chega por hoje. Bom domingo a todos. Se der, né?


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