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Estado de Minas

Esplanada dos Ministérios pronta e segura para a posse presidencial

Decisão sobre uso de carro aberto será tomada apenas hoje. Mais de 3,2 mil agentes de segurança estão mobilizados


postado em 01/01/2019 06:00 / atualizado em 01/01/2019 07:38

(foto: José Cruz/Agência Brasil )
(foto: José Cruz/Agência Brasil )

Brasília – Com um forte esquema de segurança, a Esplanada dos Ministérios está pronta para receber um público de até 500 mil pessoas que vão assistir, de perto, a cerimônia da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). As formalidades da investidura têm início às 14h45, quando o futuro governante, acompanhado da primeira-dama, Michelle, sai da Catedral Metropolitana em um cortejo acompanhado pelo vice, Hamilton Mourão, com destino ao Congresso Nacional.

Grupo de amigos saiu de Limeira (SP) para assistir à posse do capitão da reserva na Presidência da República (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Grupo de amigos saiu de Limeira (SP) para assistir à posse do capitão da reserva na Presidência da República (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Apenas hoje será decidido se Bolsonaro manterá a tradição de desfilar no Rolls-Royce aberto modelo Silver Wraith de 1952, estreado por Getúlio Vargas no ano seguinte, nas festividades do Dia do Trabalho. Desde 1985, os presidentes percorrem a Esplanada no veículo, mas, apesar de mais de 3,2 mil policiais, bombeiros e integrantes das Forças Armadas tenham sido mobilizados para o evento, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que caberá a Bolsonaro, que ainda se recupera de um atentado a faca sofrido durante a campanha, avaliar se vale a pena correr o risco.

A circulação de pessoas e veículos foi restrita nos últimos dois dias na Espalanada. Foram instaladas quatro barreiras de revista, sendo duas delas com detectores de metal. Além disso, as pessoas que forem assistir ao evento devem seguir recomendações de segurança e não podem entrar com garrafas, bolsas e mochilas, máscaras, produtos inflamáveis, guarda-chuvas e carrinhos de bebê.

Também haverá esquema especial para defesa do espaço aéreo em Brasília. Um decreto do presidente Michel Temer autorizou a interceptação e o abate de aeronaves consideradas suspeitas ou hostis pela Força Aérea Brasileira (FAB), que possam apresentar ameaça à segurança.

Ontem, porém, o clima em Brasília era de tranquilidade. O casal pernambucano Dailfa Lucena, 40 anos, e José Cavalcante, 39, aproveitou a segunda-feira com jeito de fim de semana para passear no Museu da República. Os dois saíram de Jaqueira, no interior do estado, especialmente para ver Jair Bolsonaro com a faixa presidencial. “Eu já sabia que ele ia ganhar. Assim que saiu o resultado das eleições, compramos a passagem”, conta Cavalcante. Esperançosa, Dailfa diz que pretende ver mudanças substanciais no país. “A gente deu oportunidade a ele. Se não der certo, mudamos de presidente de novo”, afirma.

Também aproveitando para conferir as atrações turísticas ao longo do Eixo Monumental, um animado grupo de Limeira (SP) estava ansioso para acompanhar a cerimônia de hoje. Os amigos se mobilizaram pelas redes sociais e vieram de van desde a cidade paulistana, trazendo muita esperança na bagagem. “O Brasil terá uma nova história. Nossa esperança é que sejam resolvidos todos os problemas que afligem os brasileiros, principalmente segurança pública, saúde e educação”, diz a aposentada Elvira de Lima, 65. “Queremos que a vida mude radicalmente. Agora, as pessoas serão felizes”, acredita Juliana Almada, 59, dona da empresa de turismo que organizou a vinda da turma à capital.

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek, os passageiros que chegavam ou partiam da cidade nem perceberam que a segurança estava reforçada pelas polícias Federal, Militar e Civil. “As equipes contam com o apoio do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) e com agentes do Batalhão de Trânsito (BPTrans), que vão monitorar todo o sítio aeroportuário”, destacou a Inframerica, empresa de administração do aeroporto, em nota. Do balão que dá acesso ao complexo até a área de embarque, o reforço foi ampliado, mas sem restrição ao tráfego. Um carro da Força Nacional de Segurança Pública fazia a ronda ostensiva no aeroporto.

Os chefes de Estado ou representantes de governos que desembarcam na capital federal para a posse chegam por uma área restrita. Eles são recebidos por uma comitiva e deixam o local acompanhados de policiais federais e de homens do Exército. “Tudo é feito com muita rapidez e segurança, sem prejuízo aos demais passageiros”, disse um funcionário da administração do local. A imprensa não teve acesso aos nomes das autoridades que desembarcaram ontem, quando quase 400 pousos e decolagens ocorreram no Aeroporto JK. O terminal estima que o movimento está 4% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

IRMÃO Enquanto o primeiro escalão se preparava para a posse, integrantes do “baixo clero” aproveitavam a concentração de pessoas em frente à Granja do Torto –residência oficial de transição da família Bolsonaro – para conversar com a população. Um deles foi um dos cinco irmãos do presidente eleito. Renato Bolsonaro, de 54 anos, disse ter vindo a Brasília desde Eldorado (SP) em avião de carreira. “Dividido em 10 vezes”, brincou. Ele afirmou não saber onde será a ceia de réveillon da família, mas disse que todos, inclusive a chefe do clã, dona Olinda, de 91, estarão juntos. Aos fãs do presidente, Renato mandou beijos e abraços, além de posar para selfies.

O deputado federal Helio Fernando Barbosa (PSL-RJ), conhecido como Hélio Negão ou Helio Bolsonaro, o mais votado do Rio, também falou com os admiradores do capitão da reserva. O parlamentar eleito veio visitar o futuro presidente da República, seu padrinho político. “Vou lutar por um país mais justo e igualitário, especialmente no que diz respeito às questões raciais”, contou.

 


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