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Estado de Minas

Duplicação da BR-381, entre Governador Valadares e BH, continuará em ritmo lento em 2019

Orçamento de 2019 prevê R$ 169 milhões para as obras de melhoria da rodovia. Valor é insuficiente até mesmo para concluir os dois únicos trechos que estão em andamento


postado em 15/12/2018 06:00 / atualizado em 15/12/2018 14:23

Trecho da BR-381 entre BH e Governador Valadares que está sendo duplicado. Este ano, foram destinados R$ 230 milhões para a obra (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 5/9/18)
Trecho da BR-381 entre BH e Governador Valadares que está sendo duplicado. Este ano, foram destinados R$ 230 milhões para a obra (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 5/9/18)

A duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, continuará em ritmo lento no ano que vem. A Comissão de Orçamento do Congresso Nacional aprovou ontem o relatório final da lei orçamentária de 2019 com previsão de R$ 169 milhões para a obra de duplicação. O montante não será suficiente nem mesmo para concluir os dois únicos trechos da obra que estão em andamento – do total de 11 lotes em que a rodovia foi dividida para a duplicação. O valor é ainda menor que o do orçamento deste ano, quando foram destinados R$ 230 milhões para a chamada Rodovia da Morte.

Para a conclusão dos trechos com obras em andamento – no lote 7 (entre as cidades de Caeté e Nova União) e no lote 3.1 (entre Antonio Dias e Jaguaraçu) – seriam necessários cerca de R$ 450 milhões no orçamento de 2019. Em outros dois trechos, entre Valadares e Belo Oriente, a obra chegou a começar em 2014, mas foi completamente paralisada por problemas judiciais envolvendo a empresa responsável pelo trecho e menos de 10% das melhorias foram concluídas até agora.

Quatro anos após o início da duplicação, do total de 303 quilômetros prometidos para serem duplicados, menos de 30 quilômetros de novas pistas foram entregues até agora, sendo que o trecho ainda é trafegado em pista simples. Outros 12 quilômetros estão prontos, mas dependem de desapropriações às margens da rodovia para ser entregues.

Nos últimos dois anos, a principal preocupação dos engenheiros que acompanham a obra é com a perda das ações que foram feitas até agora, como túneis entregues no lote 3 (no município de Antonio Dias), ainda sem ligação com a rodovia. A interrupção da obra por falta de recursos pode significar um desperdício dos cerca de R$ 600 milhões já gastos na obra até o momento, como denunciado pelo Estado de Minas ainda em 2016. A cobrança da bancada mineira ao governo federal para que a obra fosse priorizada, no entanto, até agora não se reverteu em resultados reais.

Em outubro, durante as reuniões da Comissão de Viação e Transporte na Câmara dos Deputados, integrantes da bancada mineira conseguiram aprovar um adicional de R$ 200 milhões para as obras de duplicação por meio de emendas parlamentares, mas o valor não foi incluído na peça orçamentária finalizada nesta semana. O orçamento de 2019, sem o montante necessário para a obra da duplicação, será votado na próxima semana pelo Congresso, em sessão conjunta da Câmara e do Senado.

Para evitar que as obras na BR-381 sejam paralisadas ao longo de 2019 por falta de verbas será preciso que a bancada mineira consiga a liberação de recursos complementares ao orçamento junto ao futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). A nomeação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Tarcísio Gomes de Freitas para o Ministério da Infraestrutura do futuro governo foi comemorada por integrantes do movimento empresarial Nova 381, que acompanha o andamento da duplicação.

O futuro ministro visitou o canteiro de obras em Minas pelo menos três vezes quando esteve à frente do Dnit (2011-2015) e, após nomeado por Bolsonaro, citou a duplicação como uma das prioridades no setor rodoviário. No entanto, exatamente no período em que Tarcísio chefiou o órgão, a duplicação sofreu com problemas de repasses e disputas judiciais entre as empresas vencedoras das licitações e o Dnit.

Procurado pela reportagem, o Dnit não informou como vai usar os R$ 169 milhões previstos no orçamento.

Enquanto isso...Secretário de infraestrutura 


O governador eleito Romeu Zema (Novo) anunciou na noite de ontem Marco Aurélio Barcelos como secretário de Infraestrutura e Mobilidade. Formado em direito pela UFMG e com especialização em Finanças pelo IBMEC, Barcelos tem 38 anos e atualmente exerce o cargo de secretário de Articulação para Investimentos e Parcerias na Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal. “O nosso secretário de Infraestrutura e Mobilidade será Marco Aurélio Barcelos. Sua atuação profissional está concentrada nas áreas de serviços públicos, concessões, parcerias público-privadas, privatizações e negócios públicos. Seja bem-vindo”, escreveu Zema em suas redes sociais. A pasta de Infraestrutura e Mobilidade vai substituir a atual secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop).


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