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Estado de Minas

PF cumpre mandados de busca e apreensão em imóveis de Aécio Neves

Buscas ocorrem simultaneamente nos apartamentos em BH e no Rio de Janeiro do senador e deputado federal eleito


postado em 11/12/2018 07:18 / atualizado em 11/12/2018 09:39

Policial federal saindo do prédio do senador Aécio Neves, em Belo Horizonte, carregando uma mochila nas costas e um malote (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Policial federal saindo do prédio do senador Aécio Neves, em Belo Horizonte, carregando uma mochila nas costas e um malote (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta terça-feira (24) mandados de busca e apreensão em apartamentos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte do senador Aécio Neves (PSDB-MG), eleito deputado federal este ano.

Além de Aécio, são alvos da operação, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) e os deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA).

 

A operação Ross foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal.

A PF também faz operação similar no endereço de Andrea Neves, irmã de Aécio, em um condomínio em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Andrea chegou a ser presa em 2017. 

As buscas acontecem também no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá

Apartamento do senador Aécio Neves em Belo Horizonte, onde a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (11)(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Apartamento do senador Aécio Neves em Belo Horizonte, onde a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (11) (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


De acordo com a Polícia Federal, os mandados desta terça-feira fazem parte da investigação sobre um suposto pagamento de propina de R$110 milhões, feitos entre 2014 e 2017 pela J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A informação foi repassada por Joesley em delação premiada, juntamente com Ricardo Saud, executivo da JBS, empresa do grupo J&F.

(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 03/08/2018)
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 03/08/2018)

 

O senador também teria comprado apoio político do partido Solidariedade (SDD), comandado pelo deputado federal Paulinho da Força (SP). O valor estimado é de R$ 15 milhões.

Em nota, a PF informou que às vantagens teriam sido solicitadas "a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014’

“Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias”, informou a PF

Nota da defesa do senador Aécio Neves


Alberto Zacharias Toron, a advogado do senador Aécio neves divulgou nota sobre a operação da PF, abaixo a íntegra:

"O senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar todos os documentos que se fizessem necessários às investigações, bastando para isso o contato com seus advogados.

O inquérito policial baseia-se nas delações de executivos da JBS que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração.

A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas."

Leia a íntegra da nota da Polícia Federal


"A Polícia Federal deflagrou hoje (11) a OPERAÇÃO ROSS*, que tem como objetivo investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três  senadores da República e três deputados federais, entre os anos de 2014 e 2017.

As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014. A ação de hoje é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017.

Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os cem milhões de reais, Suspeita-se que os valores eram recebidos  através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.

Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas. As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá.

São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

*ROSS faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação."


 

 


 

 

 

 

 


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