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Estado de Minas

Equipe de Zema contesta economia de R$ 5 milhões com fechamento de sede do governo de Minas

Depois de vistoria no prédio, que está fechado desde abril, vereador Mateus Simões informou que manutenção continua sendo feita, com redução apenas na conta de luz. No local, foram verificados vazamentos e infiltrações no último andar


16/11/2018 12:20 - atualizado 16/11/2018 17:09

(foto: Lila Alves)

A suposta economia de R$ 5 milhões mensais com a desativação do Palácio Tiradentes – um dos prédios do complexo da Cidade Administrativa – foi rebatida nesta sexta-feira pela equipe de transição do governo Romeu Zema (Novo). Integrantes do grupo fizeram um vistoria no local durante esta manhã para verificar a possibilidade de reinstalar o gabinete do governador a partir de janeiro.

Para o vereador Mateus Simões (Novo), coordenador da equipe de transição, a mudança para o Palácio da Liberdade resultou em mais gastos para os cofres públicos.

“Foi publicado na imprensa que essa transferência se deu para economizar R$ 5 milhões por ano e definitivamente não é verdade. O palácio continua mantido. O que temos de economia aqui é a conta de energia, porque as luzes estão apagadas”, afirmou.

“Temos um problema logístico sério. O governador está a 30 quilômetros dos secretários, um delocamento contínuo de helicóptero para cerimônias que acontecem aqui (Cidade Administrativa) e isso representa custo. Temos um outro palácio sendo mantido hoje, que é o da Liberdade, para despachos, enquanto esse palácio aqui tem toda a estrutura dele de manutenção sendo custeada”, continou o parlamentar.

Durante a campanha para o governo, Zema disse que despacharia no Palácio Tiradentes e avisou que não vai morar no Palácio Mangabeiras, que consome R$ 30 milhoes anuais dos cofres públicos. O governador eleito afirmou que vai alugar ou comprar imóvel próximo à Cidade Administrativa, localizada no bairro Serra Verde, região Norte de Belo Horizonte. 

O Palácio Tiradentes foi desativado no governo Fernando Pimentel (PT) com a alegação que a medida iria reduzir em pelo menos 40% os gastos com insumos diversos, manutenção rotineira e consumo de água e energia elétrica.

O prédio abrigava o gabinete do governador e militar – que foram transferidos para a antiga sede na Praça da Liberdade – e a vice-governadoria (transferida para a sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, o BDMG).

A mudança envolveu ainda cerca de 150 servidores das secretarias de estado de Governo (Segov), da Casa Civil e de Relações Institucionais e da Secretaria Geral de Governo, que foram transferidos para os outros prédios do complexo, o Minas e o Gerais.

O Tiradentes também abrigava os setores de cerimonial e assessoria de imprensa do governador, transferidos para o Palácio da Liberdade. 

Pouco esforço

Mateus Simões informou ainda que a equipe vai requerer da atual administração que prepare o Palácio Tiradentes para que o empresário já inicie os despachos no local em 2 de janeiro – dia seguinte à posse no governo de Minas Gerais. Durante a visita, o grupo encontrou poucos problemas, como infiltrações e vazamentos no último andar e sujeira.

“Parece que com pouco esforço é possível que em janeiro o governador já esteja despachando daqui para que a gente possa desativar definitivamente o Palácio da Liberdade, junto com o das Mangabeiras”, afirmou Mateus Simões.

Segundo ele, os móveis foram mantidos no prédio e a parte elétrica está funcionando normalmente. No entanto, seria necessário reinstalar a parte de informática e uma verificação no restante da estrutura.

Em nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão negou que o fechamento do Palácio Tiradentes tenha gerado mais custos para o Estado.

"É improcedente a informação que a despesa de manutenção tenha sido transferida para o Palácio da Liberdade, como afirma membros que compõem a equipe de transição representando o governo eleito. Há na afirmação o pressuposto equivocado de que o Palácio da Liberdade não teria manutenção, o que não é verdade", diz trecho da nota.

O governo alega ainda que os cerca de 150 funcionários transferidos para os prédios Minas e Gerais ocuparam uma estrutura ociosa que gerava despesas como se fosse utilizada.

 "O Palácio da Liberdade continua sendo utilizado para despachos diários do governador, realização de eventos públicos e como local de trabalho para servidores sem aumento de custos. O governador eleito tem todo direito de optar por despachar no Palácio de sua escolha, mas isso implica arcar com custos de manutenção de ambos, mesmo que sem uso", concluiu o texto.


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