(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 30/10/2018 12:00 / atualizado em 30/10/2018 08:56



O dia seguinte teve a China e os EUA


Antes tarde… A esperada aula da liturgia política demorou, veio com atraso, mas antes tarde do que nunca. Candidato do PT na eleição presidencial, Fernando Haddad preferiu deixar para o dia seguinte, mas a postagem de ontem no twitter mostrou que a ficha finalmente caiu: “Presidente Jair Bolsonaro, desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte!”. Deveria, como é a praxe, ter feito isso no domingo mesmo. Professor que é, teria sido muito mais elegante, como reza a tradição.

Mais cedo… Quem foi mais rápido foi o presidente Michel Temer (MDB): “a oposição não pode ter um significado político, e no Brasil ela tem um significado político. Ou seja, se eu perder a eleição, o meu dever é destruir o governo que foi eleito. Este não é o significado jurídico de situação e de oposição na democracia. Na democracia, você tem atos de governo, que podem ser contestados, mas tem os atos de estado”.

Ficou mudo. O telefone não tocou. O ex-governador e ex-presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) até que postou mensagem nas redes sociais parabenizando o ex-prefeito de São Paulo e os demais governadores tucanos eleitos no domingo. Mas, segundo João Doria (PSDB), não houve ligação. “Nem FHC, nem Alckmin. Não tem problema. Não farei política com ódio nem indiferença. Vamos adotar a nova política, sem ressentimentos, mas com posições e com lado”. Óbvio que é recado de Doria aos seus, digamos assim, colegas de partido.

Mas tocou sim: “foi uma excelente ligação. Dei a ele meus parabéns”, disse o presidente republicano dos Estados Unidos, Donald Trump, acrescentando que “nós concordamos em que Brasil e Estados Unidos vão trabalhar juntos em comércio, defesa e tudo o mais!” A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Heather Nauert, foi ainda mais enfática: “valorizamos nossa profunda cooperação com o Brasil e esperamos trabalhar com o presidente eleito Bolsonaro nos próximos anos”. E ela fez questão de distribuir o diálogo para a imprensa, o que indica grande possibilidade de romper mais fronteiras para o Brasil.

Por fim, o negócio da China: desenvolver as relações entre a China e o Brasil é, de fato, o “amplo consenso de todos os setores em ambos os países”, disse Lu Kang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, em entrevista coletiva de imprensa. Destacou ainda que China e Brasil são grandes mercados emergentes e parceiros estratégicos de negócios. E ele finalizou destacando: “Queremos trabalhar com o Brasil para atualizar nossa parceria numa base de respeito mútuo”.

Ritual da posse

Ele começa com a missa na Catedral de Brasília e depois dela há desfile em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, onde, em sessão solene, Jair Bolsonaro (PSL) fará o juramento constitucional e será efetivamente empossado. Já presidente da República, ele deve subir a rampa, se a saúde deixar, e recebe a faixa presidencial de Michel Temer (MDB). À noite, está previsto o jantar os presidentes de outros países e demais autoridades estrangeiras no Itamaraty.

A vez é do BBB
Calma, gente! É o bloco na Câmara dos Deputados, nada a ver com programa de TV. Melhor deixar o deputado Capitão Augusto (PR-SP) explicar direitinho. Trata-se das bancadas assim conhecidas por lá já que ficam unidas em torno de três princípios: Bíblia, Bala e Boi. O parlamentar que é militar explica: “eu acredito que as bases temáticas estão tendo uma força maior que as bases partidárias. Então, você vê uma bancada enorme que foi eleita da segurança pública, a bancada cristã e a bancada rural”. Só que ele ainda está fazendo as contas, porque pretende ter os votos para aprovar emendas constitucionais, 308 no mínimo dos 513 deputados, que fique claro.



Transparência
É grave a crise. Quem garante é o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (foto) (PP), diante do que ele trata como o “rombo tão grande que hoje de manhã, no Centro Administrativo Municipal, vai apresentar os dados detalhados a promotores, procuradores, juízes, policiais e representantes de demais entidades, além da sociedade civil da cidade. E olha que se a crise atinge o Triângulo Mineiro, só mesmo sendo claro e objetivo diante de uma situação como estado. Faz todo sentido dar transparência.

Cor-de-rosa
Não custa repetir sempre, afinal, até o Congresso já ficou cor-de-rosa em defesa da prevenção do câncer da mama. Desta vez, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher recebe amanhã a enfermeira Marcela Zanatta Ganzarolli Morais, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que é ligado à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Se precisa mais um argumento, basta lembrar que se for descoberto no início, o câncer de mama pode ser curado com 95% de probabilidade de recuperação total.

Bem na fita
Quem está é o deputado estadual Agostinho Patrus, do PV, que costurou o apoio e declarou a adesão do partido à candidatura do empresário Romeu Zema (Novo) no segundo turno das eleições no estado. O objetivo agora é tratar das negociações em busca do apoio da maioria dos deputados na Assembleia Legislativa (ALMG). “Nós entendemos que o governo precisa ter suas gorduras cortadas, uma diminuição do seu papel, ter eficiência maior”. Acrescentou, neste sentido, o objetivo de conseguir tornar o Estado mais eficiente para caber dentro da arrecadação.


PingaFogo
“Uma política por ideias e não por cargos. Eu sempre voto os projetos pensando na sociedade. Eu leio os projetos e avalio se eles são bons ou ruins para a população. Eu nunca fui base de governo. Eu sou base da sociedade, eu sou base da população. E assim continuarei sendo”.

A declaração, em plenário, é do senador Reguffe (sem partido-DF) e inclui também o advogado Ibaneis Rocha (MDB), “escolhido pelos eleitores do Distrito Federal para governar a capital da República”. A propósito, Ibaneis esteve ontem com o presidente Michel Temer (MDB).

“A renovação foi uma boa faxina que a população fez no Congresso. Mas essa faxina precisava ser muito maior e mais ampla”. A frase é do Major Olímpio (foto) (PSL-SP) eleito senador com mais de 9 milhões de votos. Ele prioriza, óbvio, apoio ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Se será no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, que a equipe de transição de Jair Bolsonaro vai trabalhar com a equipe dos ministros de Temer, o local parece bem apropriado.

Afinal, “o espaço para a transição já está perfeitamente instalado com móveis, computadores, recepção de prédio, segurança da Polícia Federal”. Uai, e onde entra a cultura? Melhor deixar para lá, piada fraquinha, né? Já chega!


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)