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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 23/10/2018 12:00 / atualizado em 23/10/2018 07:59


Suprema reação na eleição presidencial

Só rezando mesmo no atual cenário nada agradável da eleição presidencial deste ano. Afinal, a Bíblia virou ontem o centro das atenções. Isso mesmo e de “sagrada” a polêmica nada tem, mas virou assunto. Tudo por causa de vídeo circulando nas redes sociais. “Essa turma é de milicianos, esse pessoal é muito perigoso. São milicianos tentando tomar o poder pela força”, disse o presidenciável Fernando Haddad (PT) ao relatar que a Bíblia tinha sido um presente e foi furtada junto com um telefone celular sexta-feira passada.

O duro mesmo nesta campanha tão radicalizada é ser obrigado a noticiar e ler a “Carta à Nação Brasileira” sobre as urnas eletrônicas, por causa de suspeitas sobre elas. O mundo civilizado inveja o sistema brasileiro, tanto que, além de ter se tornado “referência internacional”, foi adotado depois disso em vários outros países. “Paisecos” como os Estados Unidos, Suíça, Canadá e Japão, entre vários outros menos cotados. Nos EUA, vale a ressalva que foi só em alguns estados, daí a confusão da eleição por lá. Até emprestadas elas já foram, que o digam os argentinos.

Para ficar óbvio e evidente, quem cuidou de deixar claro foi a própria presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. Foi ela que capitaneou a “Carta à Nação Brasileira”, subscrita também pelos presidentes de tribunais regionais eleitorais (TREs) de todo o país.

O duro ainda mais é que pode piorar, tanto que envolveu nada menos que três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente da mais alta corte do país, Dias Toffolli, foi um dos que se manifestaram: “O Supremo Tribunal Federal é uma instituição centenária e essencial ao Estado democrático de direito. Não há democracia sem um Poder Judiciário independente e autônomo.” E ressaltou: “atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia”.

Foi seguido pelos ministros Celso de Mello, o decano da corte, e Alexandre de Moraes. Nem é necessário registrar o que eles disseram. O presidente Toffolli já tinha feito o resumo da ópera grotesca cantada pelo filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL). Era ele o alvo dos ministros. E, claro, levou o devido puxão de orelha do papai.

Se o próprio Bolsonaro pai levou puxão de orelha, vale um último registro a mais que veio da própria mídia social e rede social virtual, como se intitula: “Autenticidade é algo fundamental para o Facebook, porque acreditamos que as pessoas agem com mais responsabilidade quando usam suas identidades reais no mundo online”. Se tem fake news no meio do caminho, o jeito é encerrar.

Bonjour, Ciro
Na Tour Eiffel é provável que ele tenha metido a mão no bolso, o que não costuma fazer. A tabela por lá é: Adulte 16 €; Jeune 12-24 ans 8 €; Enfant, 4-11 ans 4 €; Handicape (cadeirante) 4 €; e Enfant e de 4 ans  0 €. Isso mesmo, criança com menos de 4 anos não paga. O resto, basta multiplicar por R$ 4 (quatro reais, arredondo). A notícia, no entanto, é que ele está em Paris, mas já arrumando as malas. O motivo é que, pão-duro que é, Ciro Gomes (PDT) retorna ao país para votar no segundo turno. Não pretende pagar multa à Justiça Eleitoral e, muito menos, declarar em que votará.

Mais de Paris
Quem também esteve lá e conversou com Ciro Gomes foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que pretende se reeleger, ao contrário do desejo de Jair Bolsonaro (PSL) de ele próprio escolher o comando da Casa caso saia vitorioso das urnas. As negociações já começaram, informa o deputado Mário Heringer (PDT-MG), que acompanha Ciro na França. Ele esteve presente no encontro entre Rodrigo Maia e o ex-presidenciável em Paris e participou das articulações que incluem desde o grupo chamado Centrão ao PDT, PSB, PPS e PCdoB.

Segurança pública
A medida provisória foi aprovada no último dia de sua vigência. Isso mesmo, se não fosse votada na quarta-feira passada, ela perderia a validade. E olha que se tratava da criação de 164 cargos comissionados para o Ministério da Segurança Pública. Agora já é a Lei 13.727/18. A promulgação foi ontem. Para deixar claro, promulgar é tornar oficialmente a publicação de uma lei, tornando-a de conhecimento público de modo que entre em vigor. Ou seja, é aquela que o Congresso faz por conta própria ela entrar em vigor.

Sem sessão
Estava marcada para amanhã, mas foi devidamente cancelada. Não haverá esta semana a sessão do Congresso. Com isso, óbvio, sete vetos que estavam na pauta não serão votados. O governo deve ter gostado, afinal, na pauta estava o veto feito pelo presidente Michel Temer (MDB) ao projeto que autorizava o retorno ao Simples Nacional dos microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte que estavam excluídos por causa de inadimplência.

‘Voto crítico’
Logo após o primeiro turno, a Rede Sustentabilidade, partido de Marina, recomendou aos filiados que não votassem em Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, mas não manifestou apoio a Haddad. Só que agora a candidata derrotada com desempenho que não merecia de tão baixo que foi divulgou nota defendendo “voto crítico” Depois citou, no entanto, que a coligação petista “mantém o jogo do faz-de-conta do desespero eleitoral, segue firme no universo do marketing, sem que o candidato se inspire na gravidade do momento para virar a própria mesa”.

PINGAFOGO

Em tempo: agora é a coluna quem ressalta. Só faltou Marina Silva lembrar que a coligação “Povo Feliz de Novo” deu lugar à frente política autointitulada “Democrática e Progressista”, depois de o ex-presidente Lula estar preso não dava mais para ser feliz de novo, o seu velho slogan.

“Não precisamos inventar a roda. Países de primeiro mundo que têm uma economia liberal mostram que o índice de desenvolvimento humano (IDH) caminha junto com a abertura da economia.” A frase é de Soraya Thronicke (PSL).

E olha que ela nem estreou, sua posse será só ano que vem, mas ela já avisa: “Não iremos vender o Brasil. Não vamos entregar nada barato.” Soraya nunca havia disputado eleição. Advogada e empresária, em 2017, se notabilizou ajuizando ações populares contra o grupo JBS.

Já que o candidato da Democracia Cristã à Presidência da República José Maria Eymael (DC) declarou apoio a Fernando Haddad (PT) por causa do Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidenciável, Jair Bolsonaro (PSL), o melhor a fazer é não tratar de religião.

Como Eymael sugere a Haddad que ultrapasse as fronteiras do PT (com o ULTRAPASSE em letras maiúsculas), o melhor a fazer é ficar por aqui para não ser multado por excesso de velocidade. Afinal, nem dirigir sei.

 


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