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Estado de Minas POLÍTICA

Marina Silva declara 'voto crítico' a Haddad

Candidata derrotada no primeiro turno, ela ressalta que 'é melhor prevenir' agora, já que crimes contra a lesa humanidade não tem como ser reparados


postado em 22/10/2018 17:45 / atualizado em 22/10/2018 19:03

(foto: / AFP / NELSON ALMEIDA )
(foto: / AFP / NELSON ALMEIDA )

A candidata da Rede, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira, "voto crítico" no candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição contra Jair Bolsonaro, do PSL. Em uma longa nota, publicada em seu perfil nas redes sociais, ela ressalta que o projeto representado pelo candidato do PSL representa perigo à “democracia, meio-ambiente, direitos civis e respeito à diversidade”.

"Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, 'destroem sempre que surgem', 'banalizando o mal', propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, 'pelo menos' e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad", disse Marina em nota.

Marina ficou em oitavo lugar no primeiro turno, com 1% dos votos. Ela ainda argumenta que sua votação no primeiro transferem a ela apenas a condição do apoio de “puramente simbólico”. Mas afirma que é seu “dever ético e político fazê-lo”.

Apesar do apoio a Haddad, a candidata derrotada no primeiro, assim como já havia feito em sua primeira entrevista após o pleito, disse que fará “oposição crítica a qualquer um dos governos.

Evangélica, a candidata afirma que a citação do nome de Deus por Bolsonoro não se traduz em campanha voltada pelos fundamentos éticos orientados pela fé cristã. “A pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça, faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza, da coesão social e da civilização”, afirma.

Ela ainda segue dizendo que crimes contra a humanidade, após cometidos, “não tem como se possa reparar”. “Não é um retorno genuíno ao mandamento do amor, é uma indefensável regressão e, portanto, uma forma de utilizar o nome de Deus em vão”, declara.

E complementa: “É melhor prevenir. Crimes de lesa humanidade não tem como se possa reparar. E nem adianta contar com o alívio do esquecimento trazido pelo tempo se algo irreparável acontecer. Crimes de lesa humanidade o tempo não apaga, permanecem como lição amarga, embora nem todos a aprendam”.


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