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Estado de Minas

Toffoli, Celso Mello e Moraes reagem à fala de Eduardo Bolsonaro sobre fechar STF

Presidente do Supremo afirmou que atacar o Poder Judiciário é como 'atacar a democracia'


postado em 22/10/2018 15:14

(foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
(foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, reagiu na tarde desta segunda-feira contra as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que afirmou em uma palestra que para fechar o Supremo era preciso apenas de “um soldado e um cabo”. Em seu posicionamento, Toffoli afirma que atacar o Poder Juciário é “como atacar a democracia”.

A fala veio por meio de nota e destaca ainda a importância das instituições em democracias consolidadas.

“O Supremo Tribunal Federal é uma instituição centenária e essencial ao Estado Democrático de Direito. Não há democracia sem um Poder Judiciário independente e autônomo. O País conta com instituições sólidas e todas as autoridades devem respeitar a Constituição. Atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia”, afirmou Toffoli.

O ministro Alexandre de Moraes disse nesta segunda-feira, 22, que as declarações do deputado são "absolutamente irresponsáveis" e defendeu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abra uma investigação contra o parlamentar por crime tipificado na lei de segurança nacional.

Moraes esteve nesta segunda em São Paulo para uma palestra no Ministério Público, disse que a sociedade brasileira hoje vive um "paradoxo".

"Porque mesmo com 30 anos de Constituição, temos que conviver com declarações dúbias, feitas de maneira absolutamente irresponsável, por um membro do parlamento brasileiro", criticou o ministro. “É algo inacreditável que tenhamos que ouvir tanta asneira da boca de quem representa o povo. Nada justifica a defesa do fechamento das instituições republicanas”, afirma.

Os comentários de Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL), foram feitos em julho, durante um evento com policiais federais.

Ao responder a uma pergunta sobre uma hipotética ação do Exército no caso de o STF tente impedir seu pai de assumir a Presidência, o deputado, reeleito por São Paulo este ano, disse que bastariam "um soldado e um cabo" para fechar o Supremo.

"Será que eles vão ter essa força mesmo (de impugnar)? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF sabe o que você faz? Você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que é o STF, cara? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua?", questiona.

 Com Estadão Conteúdo


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