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Estado de Minas

Polícia Federal abre novo inquérito sobre ataque a Bolsonaro

Adelio Bispo está preso preventivamente na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Ele será enquadrado no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional


postado em 25/09/2018 21:30

As informações sobre o novo inquérito do caso Bolsonaro são sigilosas(foto: Reprodução)
As informações sobre o novo inquérito do caso Bolsonaro são sigilosas (foto: Reprodução)
A Policia Federal abriu novo inquérito ontem para dar prosseguimento à investigação do ataque a faca de Adelio Bispo de Oliveira ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), em 6 de setembro, em Juiz de Fora. O principal objetivo é saber se o agressor agiu sozinho ou teve ajuda de outras pessoas para cometer o atentado. Conforme o Estado de Minas apurou junto à PF, o inquérito será concluído dentro de 30 dias, ou seja: o resultado das investigações será divulgado próximo à eleição do segundo turno, em 28 de outubro. Bolsonaro segue , internado no Hospital Alberto Einstein, em São Paulo. O candidato lidera as pesquisas de intenão de voto, que indicam ele deverá disputar o segundo turno contra Fernando Haddad (PT).
 
Adelio Bispo está preso preventivamente na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Ele será enquadrado no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional, que determina punição para quem cometer "atentado pessoal" por "inconformismo político". O primeiro inquérito instaurado para a apuração do ataque a Bolsonaro deverá ser encerrado nesta semana, por causa do prazo mais curto pelo fato de Adelio Bispo estar preso. Na Justiça Federal, investigações com réu preso podem durar no máximo 30 dias. O delegado responsável pelo caso deverá divulgar os resultados das primeiras investigações na próxima sexta-feira.
 
De acordo com a Policia Federal, as informações sobre o novo inquérito do caso Bolsonaro são sigilosas. O segundo inquérito foi instaurado para “apurar fatos decorrentes” das investigações do primeiro. A PF confirmou que, além das quebras de sigilo e depoimentos, será analisado todo o sistema de câmeras de Juiz de Fora, para traçar todos os deslocamentos de Adelio desde a sua chegada na cidade, poucos dias antes do ataque ao presidenciável do PSL. Ele se hospedou em uma pensão na região Central da cidade.
 
Conforme já divulgado pela PF, no primeiro inquérito sobre o caso, após ouvir mais de 30 pessoas, quebrar os sigilos financeiro e telefônico de Adelio Bispo, o delegado Rodrigo Morais e sua equipe não encontraram nenhum indício de que o esfaqueador de Bolsonaro tenha agido a mando de outra pessoa ou em grupo. Mas, com o novo inquérito, os trabalhos de investigações serão aprofundados.
 
A Policia Federal confirmou que deverá fazer devassa nos últimos dois anos da vida de Adelio e mapear a ligação dele com outras pessoas que possam indicar o envolvimento de mais pessoas no atentado. Fonte da PF revelou que neste caso é possível que também sejam feitas investigações em Montes Claros, no Norte de Minas, terra natal de Adelio – segundo parentes e amigos, ele esteve na cidade pela última vez há cerca de um ano e seis meses, sendo que também viajava para Uberaba e Uberlândia (Triângulo) e para Santa Catarina.
 
A faca utilizada no ataque passou por perícia, que encontrou DNA de Bolsonaro na lâmina, o que prova que ela foi usada no crime. Os investigadores descobriram que a escolha da faca como arma para o crime é explicada pelo fato de Bispo ter trabalhado como açougueiro e em uma restaurante de comida japonesa.

A PF também esmiuçou todas as transações financeiras de Bispo. Em entrevista à Rede Globo, o delegado Rodrigo Morais declarou que não foi encontrado nenhuma movimentação suspeita. O único depósito em espécie anormal teve origem em uma causa trabalhista. Ainda segundo o delegado, o cartão internacional que ele tinha nunca havia sido utilizado e foi enviado pelo banco sem a solicitação de Adelio.
 
Os equipamentos eletrônicos (celulares e notebook) também foram analisados. Dois dos quatro celulares estavam desativados e os outros não continham, pela apuração feita até agora, informações sobre contatos com outras pessoas para a prática do crime. O notebook encontrado com ele estava quebrado e não era utilizado há cerca de um ano.


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