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Estado de Minas

Em primeiro debate e sem Bolsonaro, Haddad vira principal alvo de ataques

Candidatos que participaram do programa realizado pela TV Aparecida destinaram duras críticas ao petista


postado em 21/09/2018 00:38 / atualizado em 21/09/2018 00:50

(foto: Reprodução/TV Aparecida)
(foto: Reprodução/TV Aparecida)

No primeiro debate em que participa, desde que a sua candidatura foi oficializada pelo PT, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar o ex-presidente Lula de disputar - e sem a presença de Jair Bolsonaro (PSL) -, Fernando Haddad foi o principal alvo de críticas dos candidatos que participaram do debate realizado pela TV Aparecida, na noite desta quinta-feira.

Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles foram os que direcionaram ao petista as falas mais duras. Por sua vez, o ex-ministro de Lula reagiu às críticas e usou o legado do partido e a figura de Lula como contrapontos.

O primeiro embate foi entre Fernando Haddad e Geraldo Alckmin. O questionamento foi sobre reforma trabalhista e a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos. "Estamos com 13 milhões de desempregados, herança da Dilma e do PT", respondeu o tucano. "Não precisaria do teto de gastos se não fosse o governo do PT".

Alckmin diz ainda que a situação brasileira é delicada e promete reformas já no início do ano para a economia brasileira voltar a crescer, se vencer as eleições. O tucano ainda disse que a presidência de Temer, governo em que as medidas foram tomadas, ocorreu porque ele era da chapa petista.

“Quem escolheu o Temer foi o PT. Ele era vice da Dilma. Aliás, reincidentes, eles escolheram o Temer duas vezes”, disparou Alckmin.

Já Haddad prometeu revogar a reforma trabalhista caso seja eleito. Ainda de acordo com ele, a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos impõe sérios riscos à vida do trabalhador. A terceirização fragiliza as relações de trabalho já que exige que o trabalhador pague o valor das ações”, disse.

O petista disse que o partido de Alckmin foi patrocinador da crise que gerou toda a crise que resultou no aumento do desemprego. Em relação a Michel Temer, Haddad acusou o PSDB de propiciar a situação para o impeachment. “Temer era vice da Dilma, mas quem seu uniu para trair a Dilma foi o PSDB, que se uniu para tirar ela de lá”, afirmou.

O petista usou uma entrevista dada pelo ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati dizendo que o ex-dirigente tucano reconheceu que o partido "sabotou" o governo Dilma.

Alckmin declarou que Haddad estava "desvirtuando" as declarações e que a entrevista defendia uma autocrítica do partido. O tucano ainda atacou o PT pelo fato de a legenda ter lançado sua candidatura "na porta de penitenciária".

Perguntando a Fernando Haddad, Henrique Meirelles (MDB) citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lembrar que foi escolhido por ele para presidir o Banco Central e disse que o governo Dilma Rousseff havia feito a confiança dos brasileiros cair.

Haddad rebateu: "Talvez o senhor tenha recuperado a confiança dos banqueiros da Faria Lima. Porque do povo esse governo não recuperou a confiança." Meirelles afirmou que o petista "não entendia" que confiança é necessária para investimentos.

"Essa crise, candidato, talvez seja o caso de você se informar melhor, foi criada pelo governo Dilma." Haddad respondeu que "ingratidão" era um dos maiores "pecados" da política, citando feitos dos governos petistas enquanto Meirelles presidiu o Banco Central.

Haddad perguntou a Álvaro Dias sobre famílias. Na resposta o candidato do Podemos partiu para o ataque. “Você Haddad é o porta-voz da tragédia, representante do caos (…) Se especializou em distribuir a pobreza para alguns e a riqueza para seus lideres”, disse.

Ele afirmou que o governo do PT e Temer fez com que a violência aumentasse e críticos outras políticas públicas petistas, que, segundo ele, levaram a crise. “Embora seu discurso seja outro, seja da ficção,da gerração da falsa expectativa e o discurso da mentira”, disparou.

“O seu desconhecimento da realidade brasileira chama muito a atenção”, retrucou Haddad, citando programas como Bolsa Família, Prouni que fizeram com que as famílias ficassem mais próximas. Haddad ainda decretou que os mecanismos dos programas favorecem a unidade das famílias.

“Você fica no Senado, no seu gabinete, e desconhece a realidade esse é o Brasil que as pessoas querem de volta”, disparou. Na tréplica, Dias disse que a fala de Haddad corrobora com as afirmações que ele fez anteriormente. “Você desenhou agora aquilo que eu disse antes”, disse.

Logo em seguida, ao perguntar para Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias continuou com ataques contra o PT afirmando que o partido promoveu um "conluio" com o sistema financeiro. Alckmin defendeu, em seguida, aumentar a competitividade de bancos no País e acabar, via decreto, com a exigência de autorização para entrada de bancos estrangeiros no País.


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