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Estado de Minas

''Vamos dar outra destinação à Cidade Administrativa'', diz Claudiney Dulim, candidato ao governo de Minas

Advogado quer transferir secretarias para prédios desocupados e fazer acordo com iniciativa privada ou governo federal para dar outra destinação à atual sede do governo


postado em 11/09/2018 19:52 / atualizado em 12/09/2018 14:51

O candidato ao governo Claudiney Dulim, que disputa pela primeira vez eleições, quer ser 'terceira' via a PT e PSDB(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
O candidato ao governo Claudiney Dulim, que disputa pela primeira vez eleições, quer ser 'terceira' via a PT e PSDB (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

O candidato ao governo de Minas Claudiney Dulim (Avante), advogado, de 46 anos, foi um dos entrevistados desta terça-feira pelo jornal Estado de Minas e o Portal Uai. Além de cortar 35% dos cargos de confiança no governo, ele afirmou que não vai governar da Cidade Administrativa. “Minas Gerais é uma imobiliária, tem patrimônio”, afirmou.

A intenção é negociar com a iniciativa privada para que os prédios tenham outra destinação e ocupar imóveis públicos, inclusive os federais, com servidores públicos. “Vamos tentar parceria pela inciativa privada e vamos acabar com ela do ponto de vista de coisa pública pra dar outra destinação, um polo tecnológico. Fazer um convênio com o governo federal. Tem que dar outra destinação”, disse.

Claudiney, que concorre pela primeira vez a um cargo eletivo, reconheceu a dificuldade de uma candidatura lançada no prazo para o registro na Justiça Eleitoral, mas vai apostar nas redes sociais para decolar. O Avante iria apoiar o então candidato a governador Rodrigo Pacheco (DEM), que agora disputa o Senado, e depois a candidatura de Marcio Lacerda, rejeitada pelo PSB.

Confira abaixo os principais destaques da entrevista

O senhor vem se apresentando como o “novo na política”. Mas, apesar de nunca ter exercido nenhum cargo eletivo, já foi assessor parlamentar, ouvidor do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), além de ter trabalhado na Urbel e ter sido secretário durante o governo do ex-prefeito Marcio Lacerda, cargos que exerceu por indicação política. O que há de novidade na sua forma de fazer política?
Sempre nos propusemos a colaborar com as gestões. Nunca nos furtamos nesse direito e deveres. Mas sempre participamos com cargos muito frágeis. No DER, ocupamos a Ouvidoria por oito meses, não é um cargo de gestão da máquina pública. No governo Marcio Lacerda, tentamos ajudar, fizemos bom trabalho, na Regional Nordeste e Venda Nova, onde fui secretário adjunto por 3 anos. Sou dirigente do meu partido, não entrei pra ser mais um, sempre quis exervcer portagonismo. O problema é que esse sistema de governo se distanciou das pessoas. E nós entendemos isso com muita clareza. Estamos propondo um governo próximo, visitando, dialogando. Os governos de Minas são palacianos, de gabinete. Queremos dar uma gestão participativa.

Se eleito, qual será o destino da Cidade Administativa no seu governo?
Não tinha necessidade da construção da Cidade Admnistrativa. Foram R$ 2 bilhões de reais, R$ 120 milhões por ano de custeio, num estado que está na crise que está, não faz o menor sentido. A Cidade Administrativa faz parte dessa crise. Não vou governar da Cidade Administrativa, não vou morar em palácio. Isso é um absurdo. A Cidade Administrativa não é sede de governo no meu governo. Vamos tentar parceria pela inciativa privada e vamos acabar com ela do ponto de vista de coisa pública pra dar outra destinação, um polo tecnológico. Fazer um convênio com o governo federal. Tem que dar outra destinação. Onde funcionarão as secretarias? Volta para onde estava. Se não voltar, vamos realocar. O que tem prédio do governo federal parado... Minas Gerais é uma imobiliária, tem patrimônio. Tem que fazer levantamento patrimonial de Minas Gerais. É um absurdo o que tem de patrimônio. Tem estádios, parques. Não sabe o que tem e está pagando custeio disso. Vamos ocupar esses espaços se for necessário. Vender alguns e dar outros como garantia, mas temos que equalizar as contas do estado e a Cidade Administrativa não cabe nisso.

O senhor tem falado em pôr salários do funcionalismo em dia em 2019, sendo que o parcelamento já se arrasta por três anos. Em um ano, como o senhor vai fazer para alcançar essa meta, candidato?
Não tem mágica. O primeiro é um encontro de contas da União com Estado. Tem que abrir essa caixa preta. Não sabemos qual é o valor da dívida. Não se sabe. Vamos fazer esse encontro de contas no diálogo, não é com briga. Vamos abaixar para 15 o número de secretarias sem abandonar as políticas públicas que já são existentes. Vamos cortar 35% dos cargos focados nas assessorias que não funcionam, que não comparecem ao trabalho. O primeiro ato de governo será a auditoria, o corte de cargos de confiança. O encontro de contas, o corte das secretarias.

Se eleito, o senhor vai garantir o piso nacional aos professores?
Primeiro tem que colocar salário de professor em dia. Vamos corrigir essas questões. Motivar, requalificar. Os servidores perderam mais que o salário, perderam a dignidade. O canal de comunicação vai estar sempre aberto. Não tem a menor condição de pagar piso nacional para professores nos próximos dois anos.

Um inquérito civil no Ministério Público apurou que havia na Cemig 18 assistentes de diretoria, entre eles o senhor, que recebiam remuneração em torno de R$ 18 mil, mas exerciam atividades em partidos políticos. O inquérito acabou sendo arquivado no ano passado. O senhor pode explicar para o eleitor o que aconteceu?
Qualquer aluno do primeiro ano de direito sabe que inquérito que foi arquivado e não foi nem intimado para ser ouvido não existiu. A Cemig é uma empresa cujos servidores são amparados por um sindicato muito forte, mas de cunho ideológico definido. Eu trabalhei na Cemig por dois epríodos. Nunca soube desse inquérito proque nunca fui intimado, nunca fui citado, nada. Esse inquérito foi arquivado sem eu nunca ter sido ouvido nele. A minha função (na Cemig) era estratégica, de desembaraçar alvarás e problemas junto à prefeituras de BH. Trabalhei muito na Cemig e se alguém está não trabalha e está recebendo que seja apurado e que seja punido, não é o meu caso.

O partido do senhor pretendia se coligar com Rodrigo Pacheco, que desistiu da candidatura ao governo. Chegou a cogitar também se unir à chapa de Marcio Lacerda, impedido de disputar pelo próprio partido. Com isso, seu nome acabou sendo lançado às pressas pelo Avante. Por que o senhor não foi a primeira opção do seu próprio partido?

Tenho outro papel dentro do partido. Meu papel é de organização o partido em nível nacional. A candidatura do Rodirgo Pacheco era a nossa candidatura, que representava uma alternativa à tudo isso aí que nós somos contra. A candidatura do Rodrigo foi violentamente retirada com uma manifestação de cúpulas partidárias, de bastidores que vieeram interferir no nosso processo eleitoral. Gente, estão escolhendo candidatos para a gente votar. Isso é um absurdo. Em relação à candidatura de Marcio Lacerda, sou professor de direito eleitoral. A campanha do Marcio, que poderia representar algo diferente, era frágil do ponto de vista jurídico. Estou me colocando contra tudo isso.

Em 2014, seu partido, o Avante (antigo PTdoB) se coligou com o PSDB e apoiou a candidatura de Aécio Neves à Presidência. Agora, declarou apoio ao PDT de Ciro Gomes. Na Assembleia, foi base de Fernando Pimentel, do PT. Qual o crietério adotado pelo Avante para construir alianças políticas?
Nunca perdemos a esperança. Nunca fugimos de participar dos governos, com as pessoas, com a gestão. O problema é que entendemos que esse processo está saturado. Quando apoiávamos Aécio Neves, não pensávamos que tudo isso iria acontecer. Quando fomos com Ciro, nossa esperança é que ele seja o melhor presidente do Brasil. Participar é questão de conjuntura política.


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