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Estado de Minas

Ataques, promessas e falhas marcam primeiro dia de horário eleitoral na TV

Estreia do horário eleitoral teve a velha troca de farpas entre tucanos e petistas, candidatos se apresentando como 3ª via e muitas telas azuis porque os partidos não enviaram seus programas


postado em 01/09/2018 06:00 / atualizado em 01/09/2018 08:33

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press/Reproducao)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press/Reproducao)

O primeiro dia de propaganda eleitoral no rádio e na TV teve de tudo: ausências, gafe com erro de cargos, vácuo na programação por falta de material enviado e temas clichês, com destaque para a velha troca de farpas entre PT e PSDB, travada entre o governador Fernando Pimentel e o senador Antonio Anastasia. Nos programas de estreia, ontem, os dois candidatos ao governo mais bem colocados nas pesquisas de intenção põem na conta do outro a culpa pela crise financeira por que passa Minas Gerais.

Pimentel foi quem abriu a propaganda a governador. O vídeo trouxe trechos da convenção estadual do partido, que confirmou os nomes de Dilma Rousseff para o Senado e de Pimentel para o governo. Na defesa do companheiro de partido, Dilma apresenta os que ela chama de “inimigos do povo”: “Um que perdeu a eleição” e o outro que “destruiu o orçamento do governo de Minas”, em referência a Aécio Neves (PSDB) e Anastasia, respectivamente.

Na propaganda, Pimentel desqualifica o chamado “choque de gestão”, implantado no governo tucano e se coloca como “do lado do povo”. Já à noite, com mais ênfase ao tom nacional, o programa apresenta a trajetória de vida política do governador, que diz continuar ‘do lado dos mineiros’ e contra a desigualdade social. “Vamos fazer do jeito que sabemos, mostrando como foi o governo do Lula e da Dilma”, diz Pimentel. Mais cedo, ele apresentou a rádio “Lula livre e Pimentel governador”, batendo na tecla da “herança maldita”. O candidato à reeleição disse estar trabalhando muito para “superar a crise e as dificuldades herdadas dos tucanos.” No seu jingle para a rádio, de novo, o ex-presidente Lula é o cabo eleitoral. Também é cantado o nome de Dilma.

O senador Anastasia quis imprimir marca própria em seu programa de TV, tentando se desvincular da imagem do padrinho político, o senador Aécio Neves. Para isso, adotou tom personalista. “Cada vez que eu assino alguma coisa é meu nome que está lá”, disse, ressaltando ainda ser o líder e o responsável pelas próprias ações. “Anastasia é Anastasia, gestor de verdade” é seu slogan. Já nas chamadas da noite para a TV, o senador lembra que foi chamado pelo então governador Aécio para “resolver a crise” e que voltará a solucionar os problemas enfrentados pelo estado, enfatizando o número de obras paradas pela atual gestão – duas mil, sendo sete hospitais.

O tucano atribui a crise à gestão de Pimentel, que chamou de “desgoverno”. “Quem perdeu com a má gestão do governo foram as famílias”, disse. Também listou as dificuldades do estado, com destaque para a falta de “pagar salário em dia” e de repasses para saúde e para as prefeituras de Minas. “O próximo governador terá de consertar isso usando muita experiência”, disse. Anastasia se mostrou como técnico e disse apostar em nomes do mercado e não em políticos.

Tentando se apresentar como terceira via, o candidato do MDB ao governo Adalclever Lopes, ficou com a missão de convencer os eleitores de que a polarização entre PT e PSDB é prejudicial ao país. “Minas precisa parar de brigar para voltar a ser dos mineiros”, disse.

A professora Dirlene Marques (Psol) quis inovar e, em vez de vice, chamou Sara Azevedo de co-governadora. Com segundos de tempo na TV, o candidato da Rede, João Batista dos Mares Guia, também se lançou como a terceira via. Pela legislação eleitoral, as peças de governador e senador serão exibidas às segundas, quartas e sextas-feiras e as de presidente às terças, quintas e sábados.

Fora do ar


As propagandas dos demais candidatos não foram ao ar no programa das 13h. A de Romeu Zema (Novo), segundo a assessoria, não houve tempo hábil para adequar às regras que foram alteradas após a entrada de Adalclever, que mudou os tempos de propaganda. O PSTU, do candidato Jordano, teve problemas técnicos e não entregou o programa a tempo.

O primeiro dia foi marcado por grandes vácuos, que, no rádio, foram ocupados por música clássica e, na TV, por uma tela azul, com a informação de que o tempo era destinado ao horário eleitoral gratuito. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o vazio ocorreu, provavelmente, pelo não envio do material para o primeiro dia.
Na propaganda de TV dos deputados estaduais, uma gafe do MDB, que apresentou os candidatos a deputados estadual como se estivessem disputando o cargo de deputado federal. Na propaganda de deputado estadual, a maior parte no primeiro dia do programa de rádio foi para os que já ocupam vagas na Assembleia, mas alguns estreantes mais prestigiados nas legendas também tiveram espaço.
Entre os curtos discursos e bordões entraram defesa das mulheres, contra a corrupção e a má gestão, pela saúde e direito dos animais, entre outros. Pautas como valorização dos professores, defesa da família e propriedade também entraram na lista.

 


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