(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Governo de Minas desqualifica denúncia de ex-secretário de Esporte

Segundo o Executivo, Ricardo Sapi contava com servidores em cargos estratégicos que sequer iam ao local de trabalho


postado em 23/08/2018 18:48 / atualizado em 23/08/2018 19:08

Ricardo Sapi pediu exoneração da pasta nesta quarta-feira e alegou dificuldades financeiras na gestão dos contratos(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Ricardo Sapi pediu exoneração da pasta nesta quarta-feira e alegou dificuldades financeiras na gestão dos contratos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Um dia depois da saída do secretário de Estado de Esporte, Ricardo Alexandre Sapi de Paula, o governo de Minas desqualifica as denúncias feitas por ele e aponta que Sapi e seu antecessor, Arnaldo Gontijo, ambos filiados ao PRB, transformaram a pasta em “cabide de empregos”.

A acusação é de que, com o objetivo de burlar a proibição de novas nomeações pelo Governo de Minas, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – já estourada pelo governo –, eles teriam nomeado pessoas sem qualquer competência para assumir cargos de chefia. A manobra caracterizaria crime de improbidade administrativa.

Pelo menos oito pessoas foram contratadas para atuar em posições estratégicas da pasta, mas nunca exerceram funções relacionadas aos cargos. As indicações seriam do PRB, partido dos dois ex-secretários. As contratações teriam sido feitas de novembro de 2017 a janeiro de 2018.

Segundo o governo, há servidores que jamais compareceram ao local de trabalho e outra parte deles trabalhava como assessor político na campanha de Arnaldo Gontijo nas eleições de 2018. Ele é candidato a deputado federal.

Ricardo Sapi, que entrou para a secretaria em janeiro de 2015, estava no comando da pasta desde janeiro, quando Gontijo saiu para se dedicar à campanha. Ele pediu exoneração nesta quarta-feira e atribuiu a saída às dificuldades financeiras vividas pelo governo de Minas.

Ele alega que vem sofrendo com as pressões diárias na pasta, principalmente, por parte dos fornecedores. As investigações pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre as contratações fantasma também teriam contribuído para o pedido de exoneração, feito em carta ao governador Fernando Pimentel (PT). O ex-secretário afirma que as indicações foram feitas pela Secretaria de Governo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)