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Estado de Minas

Candidatos ao governo de Minas dividem campanha com vices e postulantes ao Senado

A estratégia se deve ao tempo curto para pedir votos em 853 municípios mineiros. Também faltam recursos para muitos eventos


postado em 20/08/2018 06:00 / atualizado em 20/08/2018 07:47



Com eleitores espalhados em 853 municípios e apenas 45 dias para pedir votos, os candidatos a governador de Minas Gerais terão que se desdobrar para se fazer presente e conquistar a simpatia dos mineiros. Embora tenham ao dispor as facilidades trazidas pelas redes sociais, tais como Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp, não dá para minimizar a importância do corpo-a-corpo e contato direto com quem poderá digitar seus números nas urnas.

Aos coordenadores de campanha dos principais candidatos cabe a tarefa de montar estratégias para conquistar a cadeira hoje ocupada por Fernando Pimentel (PT). No caso do petista, que ainda dividirá a condução do estado com a campanha à reeleição, o tempo é ainda mais curto: agenda de candidato mesmo, segundo seus interlocutores, será apenas nos finais de semana. Assim, caberá às candidatas a vice-governadora, Jô Moraes, e a senadora, Dilma Rousseff (PT), percorrer o estado de segunda a sexta-feira.

O mapa da campanha vai levar em conta as 17 regiões administrativas desenhadas pela gestão de Pimentel. “Vamos nos dividir pelo estado levando em conta as demandas das plenárias temáticas. Vamos também decidir as agendas com as lideranças locais e dos partidos que compõem a coligação”, afirmou Jô Moraes. A coligação encabeça pelo PT conta ainda com PCdoB, PR, DC e o PSB – que ainda aguarda uma decisão da Justiça Eleitoral em torno da polêmica envolvendo a candidatura de Marcio Lacerda a governador.

Ainda de acordo com Jô Moraes, uma região que terá destaque na campanha é o Norte e Jequitinhonha – cujos municípios receberão a visita de Dilma Rousseff nos próximos Dias. Outra estratégia da campanha é criar dias unificados de campanha, ou seja, em diferentes regiões, candidatos e lideranças farão ao mesmo tempo atos pró reeleição de Pimentel e para que a Justiça Eleitoral autorize a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso na Superintência da Polícia Federal em Curitiba desde abril.

O candidato do PSDB, senador Antonio Anastasia, também vai dividir as agendas com o companheiro de chapa, Marcos Montes (SD), e os candidatos ao Senado, Dinis Pinheiro (Solidariedade) e Rodrigo Pacheco (DEM) – que desistiu de disputar o governo do estado no dia seguinte à convenção que aprovou o nome dele para a disputa. Na pré-campanha, Anastasia visitou cerca de 30 municípios. Nesta semana, o tucano fará campanha em Belo Horizonte, Janaúba, Januária, Jequitinhonha e Uberlândia.

“Ele (Anastasia) vai andar dentro do possível pela maior quantidade de municípios que puder. Não só os maiores, mas os menores em que tivermos algo a mostrar ou para fazer algum diagnóstico dos problemas. O senador nunca deixou de andar pelo estado enquanto parlamentar também”, disse recentemente Alexandre da Silveira, coordenador da campanha tucana. Ex-prefeito de Uberaba por dois mandatos (1997 a 2004), Marcos Montes se dedicará a pedir votos no Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste.


Depois de percorrer cerca de 200 cidades do estado desde junho do ano passado – em uma tentativa de se fazer mais conhecido do eleitorado do interior –, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda vai dedicar boa parte de seu tempo de campanha à capital em razão de compromissos com debates, entrevistas e gravação da propaganda eleitoral, que começa no próximo dia 31.

Mas onde ele não estiver, a coordenação diz que contará com os cerca de 3,5 mil deputados, prefeitos, vereadores, e vice dos partidos que integram a coligação para mobilizar a militância. Lacerda terá a seu lado nestas eleições o MDB, PR, Pros, DC, PDT, PV, PRB e Podemos. “Vamos usar muito a capilaridade das lideranças e dos nossos candidatos a vice (deputado estadual Adalclever Lopes, atual presidente da Assembleia Legislativa) e senador (deputado federal Jaime Martins. Eles têm condições de fazer grandes eventos”, informou a assessoria de Lacerda.

‘De carro’ Intitulando-se como a única alternativa política ao tradicional embate PT e PSDB, o consultor em educação João Batista Mares Guia (Rede) diz que visitou mais de 160 cidades nos últimos oito meses, em razão de cursos que ministra para 345 mil professores da rede pública e privada. Mas agora com a campanha, sabe que terá que suspender esse trabalho e arcar com os custos para pedir votos pelo interiro. Com pouco dinheiro para a campanha, planeja não gastar mais que R$ 75 em diárias de hotel. E viajará de carro, que é mais barato.

Ao lado da candidata a presidente de seu partido, Marina Silva, ele vai percorrer as principais cidades de cada região em pelo menos três ocasiões: Uberaba, Uberlândia, Montes Claros, Janaúba, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano, Juiz de Fora, Muriaé, Divinópolis, Varginha, Pouso Alegre, e cidades da Região Metropolitana.

Depois de visitar mais de 130 cidades nos últimos meses, o empresário Romeu Zema (Novo) planeja pedir votos em 300 durante a campanha eleitoral. “Quero percorrer o estado de carro e sem gastar dinheiro do contribuinte. Não usaremos nem o fundo partidário nem eleitoral”, afirmou o candidato, que planeja gastar entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões na campanha – bem abaixo do teto legal de R$ 14 milhões para candidatos a governador. Ao longo desta semana, a agenda dele prevê eventos em Belo Horizonte, Itaúna, Araújos, Nova Serrana, Bom Despacho, Governador Valadares e Ipatinga.


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