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Estado de Minas

Pré-candidatos a governador se unem em críticas a Pimentel durante evento em BH

No encontro promovido pela Associação Mineira de Municípios, políticos procuraram se colocar como parceiros dos prefeitos. Fernando Pimentel, que disputará a reeleição, não participou do evento


postado em 20/06/2018 13:36 / atualizado em 20/06/2018 14:41

Evento promovido pela AMM reuniu sete pré-candidatos a governador de Minas Gerais(foto: Edésio Costa/EM/D.A Press)
Evento promovido pela AMM reuniu sete pré-candidatos a governador de Minas Gerais (foto: Edésio Costa/EM/D.A Press)

Na primeira vez em que se encontraram em um evento para prefeitos, em Belo Horizonte, os principais pré-candidatos ao governo de Minas se uniram nesta quarta-feira em críticas ao governador Fernando Pimentel (PT), único deles ausente no evento, e pregaram a união para solucionar os problemas de Minas Gerais.

Acompanhados de stafs de apoiadores, eles procuraram se colocar como parceiros dos municípios e falaram em soluções para a crise do estado que vão do fim do ICMS até a transformação do Palácio das Mangabeiras em um museu dos privilégios.

Participaram do painel promovido pela Associação Mineira de Municípios os pré-candidatos senador Antonio Anastasia (PSDB), deputado federal Rodrigo Pacheco (Dem), ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) e o vice-governador Antonio Andrade (MDB), além do empresário Romeu Zema (Novo), do ex-secretário João Batista dos Mares Guia (Rede) e da professora Dirlene Marques.

Já na apresentação começaram as críticas a Pimentel, feitas com mais ênfase pelo vice-governador Antonio Andrade, que fez questão de ressaltar que o governo de Minas estava ausente do encontro. "Essa cadeira está vazia porque o governador não teve coragem de vir a esse congresso, porque aqui ele seria vaiado", disse. Andrade disse que se afastou do atual governo por não concordar com a medida de reter dinheiro das prefeituras.

Pimentel também foi alvo preferencial de Mares Guia, que falou em calote e sequestro de dinheiro e disse que depois de atrasar os salários, o governo de Minas pode deixar de pagar os funcionários.

Pacheco, que disse que gostaria de ter sido sorteado com perguntas sobre o "descaso do governo com os municípios". Anastasia também disse que Minas precisa ser reconstruída. "A essa altura todos nos perguntamos: essa é a Minas que queremos e que atende aos municípios? Tenho certeza que a resposta em uníssono é não".

Questionado sobre propostas, Anastasia defendeu a reforma tributária com o fim do ICMS e, em seu lugar, a criação de um tributo único definido pelo Índice de Valor Agregado (IVA). Também defendeu uma "redução planejada" da tributação em Minas. "Jamais poderíamos falar em uma redução imediata de impostos porque seria uma promessa falsa e eleitoreira, porque isso não será possível",afirmou.

Rodrigo Pacheco se apresentou como alternativa e empunhou bandeiras como a do desenvolvimento econômico e o fim do "assistencialismo barato". Convocou os prefeitos a serem "parte desse momento de renovação" da política. "O governador que lá estiver não poderá fazer como hoje, terá de respeitar vocês", disse aos prefeitos.

Lacerda disse ter vendido empresas para se tornar político e defendeu mudanças em Brasília para sustentar o desenvolvimento de Estados e municípios. Também prometeu diálogo com prefeitos e defendeu a contratação de secretariado de padrão internacional e não de nomes que fiquem pensando em eleição. "Os mineiros precisam de auto estima e dignidade, defendemos um projeto de salvação de Minas. A situação é grave mas vamos nos dar as mãos", disse.

O empresário Romeu Zema adotou um discurso de repúdio aos políticos. Se apresentou como o "mais caipira" dos candidatos e defendeu a renovação. Entre as propostas, sugeriu transformar a residência oficial do governador em um museu. "Por que o governador tem que viver num Palácio se não somos mais uma monarquia? É só concertar as finanças do estado e teremos dinheiro", disse. Para melhorar a questão viária, Zema defendeu "colocar caminhões em cima de trens de ferro" para desafogar as estradas.

A professora Dirlene Marques também falou no investimento em ferrovias e defendeu a tributação da renda e desoneração da produção. Pregou o uso de moradias desocupadas no Centro de BH para promover uma reforma urbana. "Nossa proposta vai partir dos movimentos sociais", disse.


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