O PPS mineiro, do ex-governador Alberto Pinto Coelho, oficializou na manhã desta quarta-feira (6) o apoio à pré-candidatura do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas. O partido, que não fez exigências de participação na chapa majoritária do tucano, é o terceiro que acerta a adesão ao grupo do tucano – os dois primeiros foram PSD e PSC.
Pinto Coelho, que a princípio não concorre a nada, reforçou que eu papel será o de tentar ajudar a reunir a antiga base de Anastasia e do senador Aécio Neves no estado em torno de uma candidatura única.
O ex-governador confirmou estar trabalhando para que os pré-candidatos Dinis Pinheiro (SD), Rodrigo Pacheco (DEM) e até mesmo Marcio Lacerda (PSB) se juntem a Anastasia. “Por mais legítimo que seja ter outras candidaturas, advogo criarmos uma unidade em torno desses desafios que Minas precisa vencer. Esse esforço (para juntar os candidatos do campo) deve ser exercitado, se não no 1º turno com certeza no 2º ”, afirmou.
Alberto Pinto Coelho criticou o governo Fernando Pimentel (PT) e disse que, diante do quadro atual, é preciso ter um candidato capaz de congregar lideranças.
“Estamos assistindo a um momento de um governo omisso, que não tomou as medidas que eram necessárias ao controle fiscal do estado. Vivemos um quadro de atraso do salário do funcionalismo e de descumprimento das questões constitucionais de repasse de recursos aos municípios. Esse quadro tem que ser estancado de imediato”, afirmou.
Pacheco e Lacerda
Além de Anastasia, o PPS fez reuniões com o pré-candidato do DEM Rodrigo Pacheco, com o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) e com o ex-secretário de Educação João Batista dos Mares Guia (Rede).
A opção pelo pré-candidato tucano, segundo o presidente do PPS, Raimundo Benoni, foi por ele ter sido, por unanimidade, considerado o mais qualificado para a disputa eleitoral.
Aécio
Questionado sobre o possível desgaste do campo por causa das denúncias que pesam contra o senador Aécio Neves (PSDB), Benoni afirmou que essa questão foi avaliada. “Acreditamos que o desgaste das legendas partidárias, de todos os campos, PT, PSDB, estarão presentes no processo eleitoral. Mas também debatemos e compreendemos que o Anastasia tem um legado e muita musculatura e capacidade de gestão reconhecida pelo cidadão mineiro. E ele está acima desse processo de desgaste”, afirmou.
O PPS apoiou os governos estaduais Anastasia, Aécio Neves e Alberto Pinto Coelho (à época no PP). Na Prefeitura de Belo Horizonte, o partido foi base de Marcio Lacerda.
Segundo Benoni, a escolha por Anastasia foi por considerar o momento atual de crise no estado e pela “personalidade moderna” que o tucano representa. “Minas precisa ser reconduzida a um processo de desenvolvimento”, disse.
Sem vaga para o Senado
O partido não colocou o nome de Alberto Pinto Coelho para a disputa ao Senado. O ex-governador também não concorre a deputado estadual, já que lançou seu filho Alberto Pinto Coelho Neto pelo Solidariedade.
O PPS oferece cerca de 42 segundos de tempo de televisão e uma base de 32 prefeitos, 30 vice-prefeitos, 253 vereadores e dois deputados estaduais.
Benoni explicou que a adesão a Anastasia não significa alinhamento automático com o ex-governador Geraldo Alckmin para concorrer à Presidência. A decisão nacional, que ainda será tomada, por enquanto exclui apenas as candidaturas dos extremos, tanto da direita como da esquerda. “Trabalhamos por uma candidatura do centro democrático. Há um grande desalento na sociedade e não podemos buscar uma situação de nós contra eles”, reforçou.