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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida

Para salvar Lula, Marco Aurélio quer discutir o tema em plenário. Contraria integrantes do Ministério Público e juízes país afora


postado em 17/04/2018 12:00 / atualizado em 17/04/2018 07:49

São apenas 22 mil  e inclui os corruptos


O crime compensa. Mexer com ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é fria, mas tem hora que é necessário discordar, mesmo que sem todas as vênias, do nobre integrante da mais alta corte do país Marco Aurélio Mello. Por causa de um único caso, ele pode colocar na rua, em cálculos preliminares – certamente é muito maior –, nada menos que 22 mil pessoas. Quem o indicou para o cargo foi Fernando Collor de Mello, o do impeachment. Nada mais é necessário dizer.

O único caso citado atende pelo nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba. Os demais que interessam são da lista da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). Essa é pluripartidária.

Para salvar Lula, Marco Aurélio quer discutir a questão em plenário. E contraria integrantes do Ministério Público, de promotores a procuradores, e ainda juízes de todo o país. Até manifesto contra já teve. Um caso só não é medida aceitável para mudar a regra que combate a impunidade.

Melhor deixar Marco Aurélio pra lá e fazer um registro muito mais apropriado: “É um fator que tem sido compreendido pela população como relevante, e acho que é muito essencial”. É apenas um trecho da fala da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em palestra na Universidade de Harvard, que dispensa apresentações. Ela não desiste, muito antes pelo contrário, insiste.

Quem também estava lá era o ministro Luís Roberto Barroso e também falou para a plateia de Harvard. “Já aprendemos essa lição. Se tem um lugar de onde não veio notícia ruim nos últimos 30 anos fooi das Forças Armadas. Comportamento exemplar”. Ficou claro, óbvio, que se tratava da democracia brasileira, cada vez mais forte.

Estudantes na plateia ainda não acreditam? Bem, perguntar não ofende. Deixa pra lá. Os estadunidenses (gostou? No lugar de americanos?) não sabem direito nem sequer em que continente está o Brasil.

Se tem vistoria da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, melhor fazer o registro da proibição das camisetas vermelhas da “Seleção Canarinho Brasileira” (a amarela).

 

 

 

A cena do ano
“O meu pai morreu, ele era ateu, mas batizou os quatro filhos. Era um homem bom. O pai está agora no céu? Ele está no céu?”, perguntou o menino italiano Emanuele, de 8 anos. “Deus não abandona os seus filhos”, respondeu Francisco. Ele se aproximou do papa a chorar porque o pai tinha morrido há pouco tempo. A criança quis saber se o pai, que era ateu, estava no céu. Francisco abraçou-o (foto) e os dois conversaram durante alguns minutos.

 

 

 

A resposta
Depois, olhando para Emanuele, o papa começou a responder à pergunta. “Quem diz quem vai para o céu é Deus.” Dirigiu-se aos fiéis: “Deus abandona os filhos quando são bons?”. Ouviu-se um sonoro “não”. “Emanuele, essa é a resposta. Deus estava orgulhoso do teu pai porque é mais difícil batizar os filhos quando não se é crente”, completou Francisco.

30 pessoas
Uai, passou recibo? “Se o triplex é do Lula, é nosso.” Era frase em uma das faixas da “manifestação” do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). As aspas em “manifestação” é por causa da multidão de 30 pessoas que invadiu o prédio. “Se o tríplex é do Lula, é nosso” devidamente escrito em uma das faixas. Registro: o MTST é comandado por Alexandre Boulos. Quem? O pré-candidato à Presidência da República do Psol. Informação do Datafolha de domingo: Guilherme Boulos 0.

 

 

 

Passou recibo
“Militância de São Paulo e outras localidades próximas: quem puder se dirigir ao edifício do triplex, que o faça logo. É fundamental que a ocupação tenha forte apoio! Doações de alimentos também são necessárias!” Já que não pude ir, fica apenas o registro do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Quanto a levar uma marmitinha para quem não tem o que fazer, deixa pra lá. Se tem político jurando que foram 50 pessoas, quanta diferença!

Rindo à toa
Ciro Gomes não foi a São Bernardo do Campo, mas os petistas andam ressabiados. Afinal, Ciro tem tudo para ser o principal herdeiro dos votos do PT com Lula fora da eleição. Marina Silva corre por fora. E com dois terços do eleitorado acreditando que o ex-presidente não vai se safar a tempo de subir no palanque, será difícil mesmo transferir votos. Ainda mais que no PT restam apenas o ex-governador baiano Jaques Wagner e o ex-prefeito paulista Fernando Haddad. Ambos na rabeira do Datafolha, 1% e 2%, nessa ordem.

Amarelinha
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) convocou entrevista coletiva em plena segunda-feira em seu gabinete, às 17h30, no Senado. É coletiva, não coletivo da camisa amarela da Seleção Brasileira citada no texto que abre a coluna.

 

 

 

PINGA FOGO

 

Pesquisas apontam, em todos os cenários apurados, que o ex-presidente da República seria novamente eleito este ano. A senadora Fátima Bezerra (foto) (PT-RN) não viu a queda dele no Datafolha? Ainda lidera de fato, mas caindo.

Melhor passar para o que está nas alturas. E terá CPI para investigar. Ela será instalada hoje. O objetivo é investigar os juros exorbitantes cobrados pelas empresas operadoras de cartão de crédito.

Os exorbitantes ele não disse, mas o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), autor do requerimento, traz o número, que chega a 494% ao ano. Isso mesmo. Ele compara à taxa Selic de 6,75%. “Um crime contra os consumidores”, alega o tucano.

Na Câmara dos Deputados, só “Homenagem aos Vinte Anos da Criação da Carreira de Analistas de Comércio Exterior do Governo Federal”. Exterior? Então, vamos lá: o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) continua no Japão. Bem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou domingo. Menos mal.

Já que o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), trata como absolutamente ridículas ações populares para que parlamentares que foram a Curitiba devolvam os salários/dia, o jeito é parar por aqui, mesmo ajudando a pagar as contas dele.

 

 


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