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Estado de Minas

Pimentel diz que Cidade Administrativa servirá para que 'ruínas' sejam pesquisadas no futuro

Governador afirmou que o complexo arquitetônico é "construção luxuosa" e que tem pouca utilidade para população


postado em 02/04/2018 20:30 / atualizado em 02/04/2018 20:36

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )

O governador Fernando Pimentel (PT) voltou a fazer críticas à construção da Cidade Administrativa do governo do estado, inaugurada na gestão do senador Aécio Neves (PSDB). Nesta segunda-feira, em reunião de entrega de 24 kits com tratores para programas de agricultura familiar, Pimentel disse que, diferentemente de outros governos que entregaram prédios de luxo, o dele se dedica a fazer “entregas” que beneficiam a população.

“Há governos que fazem outros tipos de entregas. Entregam prédios luxuosos, caríssimos. Tem um ali na estrada que vai para o Aeroporto de Confins que custou R$ 2 bilhões de reais, há quatro ou cinco anos, e que foi construído, vocês sabem como, não preciso falar sobre isso, cuja utilidade é praticamente nenhuma para estado, nenhuma para os municípios, nenhuma para a população”, afirmou, ao discursar para plateia de prefeitos e secretários, no Palácio da Liberdade.

O petista ainda disse que, no futuro, as “ruínas” dos prédios, servirão como ponto de interrogação para historiadores que se dedicarem a entender a atual sociedade. “Mas tá lá aquela entrega luxuosa, pra ficar para quem sabe, no futuro, os historiadores daqui a, quem sabe, mil anos, vão achar aquelas ruínas e vão pensar: para que servia isso aqui?”, ironizou.

O governador ainda afirmou que sua gestão tem se dedicado a providenciar programas para “de fato a melhorar a vida das pessoas”.

Desde que assumiu o governo de Minas, em janeiro de 2015, Pimentel tem sempre feito críticas ao complexo administrativo. Recentemente, no início de fevereiro, o governador anunciou que desativará em 60 dias o edifício Tiradentes.

A medida foi tomada por Pimentel para ajudar o estado na contenção de gastos, como justificou a época. O governador segue despachando do Palácio da Liberdade.

“O objetivo, com essa mudança, é reduzir em cerca de 40% gastos com insumos diversos, manutenção rotineira e com o consumo de água e energia elétrica. O Edifício Tiradentes gera uma despesa anual de cerca de R$ 5 milhões”, afirmou o governo

Além disso, em julho do ano passado, entrou em vigor a Lei 22.606/17, que permite ao governo de Minas negociar cotas da Cidade Administrativa, que deve compor fundo de securitização de aluguéis futuros.

O outro lado


Em nota, o PSDB de Minas afirma que, ao fazer críticas às gestões passadas, Pimentel o repete o que há “de mais antigo e condenável” na política. O partido ainda afirma que a atual gestão não tem “absolutamente nada a apresentar aos mineiros, a não ser o caos financeiro, o desrespeito aos direitos dos servidores e atrasos constantes dos repasses aos municípios”.

A legenda encerra a nota acusado o partido do governador, o PT, de ser “ruína”. “Ele se engana sobre o futuro. Nas próximas eleições Minas irá se reerguer do caos da administração do PT. Esta sim a verdadeira ruína do estado”.


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