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Estado de Minas

As lições de como rasgar uma biografia


postado em 23/03/2018 12:00 / atualizado em 23/03/2018 08:11

 

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

As lições de como rasgar uma biografia

Logo de manhã, as pessoas se perguntavam: que dia será hoje? Poucas pessoas. Julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com risco de prisão e tudo? Que diferença faz? Uma biografia rasgada por pura ambição pela riqueza foi a responsável por tanta indiferença.

Ambulante aos 8 anos e engraxate um ano depois. Virou ajudante de tinturaria no início da adolescência, quando se mudou para São Paulo. Nasceu em Caetés, no semiárido nordestino, em 27 de outubro de 1945. Concluiu o ginásio e, empregado numa metalúrgica aos 14 anos, é admitido no curso técnico de torneiro mecânico do Senai.

Em 1975, assumiu a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Lidera as greves do ABC, que aconteceram a partir de 1978. Com a abertura política, fundou o PT, em 1980. Depois de algumas tentativas, foi presidente da República por dois mandatos consecutivos e elegeu Dilma Rousseff (PT) sua sucessora.

Sua popularidade falava por si. Seu jeito político estava na veia, mas era diferente de tudo mais que antes havia na Presidência da República. “Vai uma cachacinha aí?”, perguntou. Óbvio que foi aceita. A conversa com os jornalistas correu solta, como se ele estivesse com velhos amigos. Tudo isso, no entanto, faz tempo.

Com o passar dos anos tudo mudou. A lição que ficou é a de como rasgar uma biografia tão rica. Por que tanta ganância? Respeitado mundo afora, se “tornou o cara”. O que mais querer diante da frase do então presidente dos Estados Unidos Barack Obama? Era o “político mais popular da história”. Ainda palavras na ONU vindas de Obama, cercado de vários outros líderes mundiais que estavam um pouco atrás dele.

Bem, o suspense vai continuar.  A votação de 7 a 4 da admissibilidade, com este placar não vale para cravar o placar da questão principal. É uma formalidade.

Enfim, os brasileiros continuam tocando a vida. Não foram ouvidos e muito menos ouviram. É isso, simples assim. Como se diz nos plenários país afora, o julgamento já está precificado. O resultado não. Afinal, vão ter que esperar até 4 de abril.

Para despistar
“Essa questão do projeto da Eletrobras precisa ser debatida, para saber onde irá o dinheiro. Não vamos aprovar um projeto apenas para aprovar um projeto”. Em dia de julgamento de Lula, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), pelo jeito estava mais preocupado com a sua candidatura ao governo cearense. Aproveitou para fazer o seu comercial. Defendeu que o dinheiro da Eletrobras seja aplicado no combate à seca no Nordeste. Para despistar, falou também em segurança pública.

50% em Minas
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, apresentou ontem a densidade populacional do São Francisco no Fórum Mundial da Água (FMA 2018), em Brasília. Cinquenta por cento estão em Minas Gerais. E daí? O que interessa é que o deputado federal José Carlos Aleluia (foto), relator do projeto da privatização, insiste na criação de uma agência estatal baiana, que receberia bilhões anuais para inflar os cofres de seu curral eleitoral. Assim é mole! Faz sentido, Aleluia conhece o caminho das pedras. Seis mandatos consecutivos falam por si.

Ligado nas eleições

Na cola do ministro

Em ano eleitoral, visita de ministro com possibilidade de liberação de recursos vira prato cheio para políticos que querem garantir mais uma ‘temporada’ no Parlamento. Ontem, durante a presença do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, em Belo Horizonte, para ratificar a situação de emergência da cidade pelas chuvas e garantir que BH vai receber recursos para reconstrução via governo federal, quatro deputados acompanharam a comitiva. Os federais Mauro Lopes e Leonardo Quintão (MDB) e Marcelo Aro (PHS), além do estadual Iran Barbosa (MDB), participaram tanto da coletiva ao lado do ministro e do prefeito Alexandre Kalil quanto da visita à BR-356, que corre risco de desabamento na altura do trevo do Bairro Belvedere.

Sem legenda
O deputado estadual Sávio Souza Cruz está de malas prontas do MDB. Isso porque foi aberto contra ele um processo disciplinar, que poderá deixá-lo sem legenda para concorrer à reeleição. Se na executiva estadual há maioria para enterrar o processo, o recurso à nacional poderá guilhotiná-lo. Apoiadores de Sávio classificam o processo de perseguição. Isso porque, embora seja longa a lista de emedebistas presos – Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, além dos ex-deputados Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves –, não há contra nenhum deles processo disciplinar. Nem contra aqueles que já são réus: Eliseu Padilha, Moreira Franco, Renan Calheiros e Romero Jucá. Contra nenhum deles há processo disciplinar aberto no âmbito partidário para a expulsão. “O crime do Sávio? Foi criticar o presidente Michel Temer”, diz um parlamentar.

Disputado
Entre as presenças no evento de filiação de Dinis ao Solidariedade, estavam aliados de outros partidos, como o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PPS). Para ele, Dinis e Anastasia são os melhores nomes para disputar o governo.

 


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