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Estado de Minas

Assembleia de Minas promete novos embates em ano eleitoral

Volta dos deputados ao trabalho reforça tom de confronto entre situação e oposicionistas especialmente em ano eleitoral, quando a maioria dos parlamentares vai tentar a reeleição


postado em 02/02/2018 06:00 / atualizado em 02/02/2018 07:28

Deputados retornam ao plenário: mensagem de Pimentel ao Legislativo causou reação da oposição(foto: Guilherme Bergamini/ALMG)
Deputados retornam ao plenário: mensagem de Pimentel ao Legislativo causou reação da oposição (foto: Guilherme Bergamini/ALMG)

A volta dos deputados estaduais ao plenário da Assembleia Legislativa na manhã de ontem deu o tom de como será o ambiente político para 2018: o eterno embate entre a situação e a oposição. Em um ano marcado pela disputa eleitoral e em que a maioria dos parlamentares vai tentar a reeleição, os dois lados vão buscar respostas para o eleitorado – cada um com sua versão, claro – sobre a crise financeira vivida em Minas Gerais, especialmente em relação ao parcelamento do salário dos servidores públicos, atraso no pagamento do 13º salário e negativas de reajustes salarias.

Na ausência do governador Fernando Pimentel (PT) na solenidade de abertura do ano legislativo, coube ao secretário de Governo, Odair Cunha (PT), representar o Executivo. Discurso assinado pelo governador foi lido da tribuna pelo petista, que repetiu a ideia da “herança maldita” recebida do PSDB, resultado das gestões dos hoje senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia.

“Sejamos honestos, infelizmente, nem sempre os que nos antecederam cumpriram com a responsabilidade devida o dever de conduzir este estado”, afirmou Pimentel na mensagem. “Não digo isso para culpar alguém ou, como outros costumam fazer, para ficar olhando para o passado, mas porque só entendendo os equívocos que nos trouxeram até aqui é que seremos capazes de nos libertar desta situação”, continuou.

Ao elencar uma série de medidas adotadas pelo governo para aumentar a arrecadação, cortas gastos e investir em políticas públicas, Odair Cunha apresentou ainda dados de que apesar da crise a receita estadual cresceu 1,55% e a arrecadação com o ICMS teve incremento de 9,2%. Segundo ele o resultado, ainda insuficiente para resolver os problemas de caixa, veio de políticas de combate à sonegações e programas de recuperação de créditos. “O que é necessário agora é que Minas Gerais esteja unida, confiante, determinada a confrontar com ousadia os desafios que enfrentamos”, discursou.

Oposição


O discurso governista foi rebatido de imediato. O líder do bloco da oposição, Gustavo Corrêa (DEM) afirmou que ao longo de 2018 o grupo vai continuar com a postura adotada nos últimos três anos: “vamos mostrar os equívocos desse governo, que não fez os cortes e os ajustes necessários”. De acordo com o parlamentar, ao longo da campanha eleitoral, as divergências políticas vão se acirrar ainda mais.

O primeiro-secretário da Casa, Rogério Correa (PT), relembrou que Pimentel encontrou o caixa estadual com um déficit de mais de R$ 8 bilhões e ainda sofre com os efeitos da Lei Kandir, que isentou as empresas exportadoras do pagamento do ICMS. “A oposição que fazer parecer que a responsabilidade é toda do governo, como se não estivéssemos no Brasil e não vivêssemos uma crise”, reclamou o petista.

Esforço concentrado

Em razão das eleições, tradicionalmente o funcionamento da Assembleia é mais lento. De acordo com o presidente Adalclever Lopes (PMDB), a expectativa é que haja um esforço concentrado nas comissões e votações em plenário de segunda a quarta-feira, liberando o final da semana para que os deputados façam campanha em suas bases eleitorais. Em discurso, o parlamentar agradeceu a “parceria dos colegas em “momentos críticos”. A primeira reunião plenária foi marcada para a tarde de ontem, com a inclusão de 18 vetos do governador Fernando Pimentel na pauta.

 


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