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Estado de Minas

Marun diz que população aprova reforma da Previdência e é desmentido por vice-presidente da Câmara

Ministro da Secretaria de Governo está percorrendo o país para tentar conseguir apoio para a votação da matéria no Congresso


postado em 18/01/2018 14:35

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O esforço do governo do presidente Michel Temer (MDB) para votar a reforma da Previdência em fevereiro pode esbarrar na contradição com os próprios aliados. Foi o que ocorreu em uma reunião nesta quinta-feira (18) na Federação das Indústrias de Minas Gerais, sobre o tema, que expôs as diferenças entre o ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun e o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (MDB).

Enquanto o primeiro disse que a população está perdendo a “timidez” e passando a apoiar as mudanças propostas, o segundo disse exatamente o contrário.

Marun, que está viajando o país para conversar com parlamentares e membros da sociedade civil sobre a reforma de Temer, afirmou que o texto será aprovado e que hoje metade da população já aprova a reforma.

“Ao contrário do que muitos pensaram, que os parlamentares iam chegar às bases bombardeados por uma rejeição enorme à reforma, eles estão chegando e encontrando importantes segmentos e pessoas que perderam a timidez e começam a apoiar a reforma”, disse.

Em entrevista na sequência, Fábio Ramalho afirmou que andou por pelo menos 60 municípios do fim do ano para cá e que todas as pessoas pedem para não votar o texto.

“É porque as vezes as pessoas ficam nos palácios em Brasília e Brasília é uma ilha da fantasia, pensam diferente. Você tem que ir ao chão, aos mercados, às ruas, aos parques, bares para sentir o que cada cidadão brasileiro pensa. A reforma é necessária mas tem que ser mais discutida com a sociedade”, disse.

Marum afirmou que continuará fazendo o trabalho de convencimento da necessidade de votação da reforma e irá, inclusive, no domingo, a um culto religioso para falar do tema a 60 mil pessoas. Segundo ele, a partir de fevereiro o foco serão os parlamentares.

O ministro disse que o governo ainda não está fazendo conta para ver quantos votos favoráveis à reforma tem, mas garantiu que no dia 19 de fevereiro eles terão número suficiente.

Marun disse que o governo só trabalha com o plano de aprovação, mesmo com o cenário de eleições este ano. “O parlamento brasileiro tem tido uma atitude determinada e corajosa, mesmo em momentos onde se estabelece o paradigma de que prejuízos eleitorais podem advir”, disse.

O discurso, porém, não vale para Fábio Ramalho, que disse que vota contra o texto atual. O parlamentar defendeu que, se for fazer as mudanças na Previdência, o governo deve também fazer outras reformas, como a tributária.

“O texto atual é muito tímido, vamos fazer uma pequena reforma agora para fazer quem entrar no próximo governo ter de votar outra”, disse. Ramalho defendeu a mudança na cobrança de juros no Brasil e disse que o país dos banqueiros. “Os bancos faturam milhões e não entram na reforma”, criticou.


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