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Estado de Minas

Pimentel prorroga Comissão da Verdade e diz que sente 'horror e nojo' da ditadura

O governador de Minas citou Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, ao prorrogar o prazo dos trabalhos da comissão até fevereiro de 2018


postado em 11/12/2017 15:36 / atualizado em 11/12/2017 19:16

(foto: ASCOM/DIVULGACAO )
(foto: ASCOM/DIVULGACAO )

Os trabalhos da Comissão da Verdade em Minas Gerais (Covemg) foram prorrogados na última sexta-feira pelo governador Fernando Pimentel (PT). O aumento no prazo para conclusão dos trabalhos foi publicado no Diário Oficial do Estado para o dia 07 de fevereiro de 2018.

Em vídeo, Pimentel citou o ex-deputado Ulisses Guimarães para rechaçar o período de torturas observado durante a ditadura militar. “Quero repetir uma frase que sempre me marcou muito, do saudoso Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte desse país: 'eu tenho horror e nojo da ditadura'”, afirmou.

Apesar do prazo estendido, os trabalhos de apuração da comissão já foram finalizados e serão apresentados na próxima quarta-feira à sociedade. Sendo a nova data apenas para permitir que trabalhos de disponibilização de conteúdo na internet e questões internas sejam concluídas.

A data, 13 de dezembro, é a mesma em que completam 49 anos do Ato Institucional número 5 (AL-5), considerado um dos mais violentos do período. Ao todo, o documento que relata as arbitrariedades cometidas e apuradas pela Covemg terá 1.600 páginas e apresentará, segundo os coordenadores, fatos inéditos ocorridos entre os anos de 1946 e 1988.

Ao todo, foram ouvidas 222 pessoas e o relatório será dividido em cinco volumes. Mais de 100 pessoas atuaram em 13 frentes de trabalho, subgrupos temáticos de pesquisa.

A Comissão da Verdade em Minas Gerais foi criada em 17 de junho de 2013, pela Lei 20.765 e regulamentada pelo Decreto 46.293 de 7 de agosto do mesmo ano.

“Mais do que nunca, é necessário que a Comissão da Verdade continue seu trabalho no Brasil inteiro mostrando o que foi o horror da ditadura militar, do regime autoritário a partir do Golpe de 64”, disse Fernando Pimentel.

Ainda sobre o relatório, a comissão apresentará documentos e relatos como forma de comprovar as violações praticadas. “São também descritos quais foram os principais grupos atingidos pela repressão da ditadura militar, quem foram os mineiros mortos e desaparecidos no período, bem como quem foram alguns de seus violadores”, informa a Covemg.

Ainda segundo os integrantes da comissão, o trabalho realizado pretende dar destaques aos fatos relacionados ao estado, mas as conclusões se conectam com o que vem sendo apurado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Na quarta-feira estão previstos dos atos oficiais. Pela manhã ocorrerá uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a partir das 9h30. No período da tarde o resultado dos trabalhos será apresentado ao governador Fernando Pimentel, às 17h30, no Palácio da Liberdade.


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