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Estado de Minas

Em dia com a política*


postado em 21/07/2017 12:00 / atualizado em 21/07/2017 12:47

Farpas trocadas
O ex-presidente Lula e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) trocaram farpas ontem. Em entrevista ao jornalista José Trajano, o petista criticou o partido de Wyllys, que rebateu as críticas em seu perfil no Facebook. “Quero que eles governem o estado do Rio de Janeiro. Quando governarem, metade da frescura vai acabar”, disse Lula. “Não se trata de não gostar do PSOL. O PSOL é que não gosta do PT”, reclamou Lula, em referência à “pouca atenção” dada por parlamentares do partido a candidaturas encabeçadas pelo PT. “Eles vão perceber que não dá para a gente nadar teoricamente. Depois que eles governarem uma cidade, eles vão compreender que nem o Sarney – que em 2006 elegeu 323 deputados constituintes e 23 governadores do PMDB – conseguiu governar”. Willys reagiu chamando a atitude de Lula de “ressentida e revanchista”. “É curioso que Lula não seja tão implacável assim com os partidos de direita com os quais se coligou e conciliou e que depois ajudaram na criminalização do PT”.

Pena e prescrição
Mesmo que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirme a decisão de primeira instância que condenou o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) a 20 anos e 10 meses de reclusão pela participação no esquema do mensalão mineiro, o tucano só deverá ficar preso por pouco mais de um ano. Isso porque o ex-governador completará 70 anos em 9 de setembro de 2018. O Código Penal estabelece que, nessa idade, o prazo de prescrição caia pela metade. Segundo a legislação à época, ocorrências por peculato e lavagem de dinheiro prescrevem quando se atinge 16 anos entre o crime e o recebimento da denúncia. O advogado de Azeredo, Castellar Guimarães Neto, afirmou ter confiança na reforma da sentença. O julgamento está marcado para agosto.

Adeus a Marco Aurélio
Morreu ontem, em São Paulo, o ex-assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais e ex-presidente do PT Marco Aurélio Garcia. Um dos principais formuladores da política externa durante a gestão Dilma Rousseff, Garcia tinha 76 anos e foi vítima de um ataque cardíaco fulminante. Nascido em 22 de junho de 1941, ele fez parte da ala intelectual que ajudou a fundar o PT, em 1980. Formado em direito e filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pós-graduação na Escola de Altos Estudos e Ciências Sociais de Paris, era professor aposentado do Departamento de História da Unicamp. Também foi professor na Universidade do Chile, na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, e nas universidades Paris VIII e Paris X, na França. Atuou também como secretário de Cultura de Campinas e de São Paulo. Nas eleições de 1994, 1998 e 2006, coordenou o programa de governo de Lula em 2010 o programa de governo de Dilma Rousseff.

Doria X Ciro
Após o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), entrar com uma queixa-crime contra Ciro Gomes (PDT) por calúnia, difamação e injúria, o ex-ministro voltou a chamar o tucano de “farsante” na quarta-feira. Na representação criminal, distribuída no Foro Central Criminal Barra Funda no último dia 18, o advogado do prefeito afirma que Ciro chamou Doria três vezes de “farsante” e disse que “é notória” a intenção do ex-ministro em “macular a honra objetiva de João Doria”. Os dois são cotados para candidatos à Presidência da República em 2018. “Esse João Doria é isso mesmo, farsante, que todo mundo vai ver rapidamente. Ele quer aparecer. Muito melhor colocar uma melancia no pescoço”, disse Ciro em um vídeo gravado pela TV do Diário do Nordeste e divulgado nas redes sociais do ex-ministro. Um dos advogados de Doria, Fernando José da Costa, criticou a declaração de Ciro Gomes. “Ele só corrobora o seu ‘animus’ de caluniar, difamar e injuriar a honra do prefeito”, disse.

Deputado quer trabalhar
A defesa do deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ), preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Justiça de Brasília para continuar frequentando a Câmara dos Deputados mesmo durante o período de recesso, que termina em 1º de agosto. O caso será analisado pela Vara de Execuções de Penais (VEP) do Distrito Federal. No mês passado, o deputado foi autorizado a exercer o mandato na Câmara durante o dia e retornar ao presídio no período noturno para cumprir, em regime semiaberto, pena definitiva de sete anos e dois meses pelos crimes de falsificação de documento público e dispensa de licitação. A defesa de Jacob alegou no pedido que o parlamentar foi o designado por seu partido para representar a legenda durante o recesso. Conforme decisão que autorizou o trabalho externo ao deputado, ele deve permanecer no presídio nos fins de semana, feriados e durante o recesso parlamentar. Jacob foi condenado pelo Supremo por crimes cometidos quando ele era prefeito de Três Rios (RJ). De acordo com a denúncia, Jacob favoreceu uma construtora ao decretar estado de emergência no município.

* O colunista Baptista Chagas de Almeida está de férias

 


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