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Estado de Minas

Lista de Fachin: Propina de Aécio na Cidade Administrativa foi de R$ 5,2 milhões

Odebrecht, sozinha, faturou cerca de R$ 90 milhões com a obra


postado em 12/04/2017 22:49 / atualizado em 13/04/2017 16:15

Brasília, 12 (AE), 12 - Delatores da Odebrecht afirmaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que, em 2007, por determinação do senador Aécio Neves (PSDB), então governador de Minas Gerais, a empresa pagou propina de R$ 5,2 milhões na construção da Cidade Administrativa - nova sede do governo do Estado, erguida na gestão do tucano. De acordo com nota do senador, as doações da empreiteira "não envolveram qualquer tipo de relação ilícita".

O ex-diretor de Infraestrutura da empreiteira, Benedicto Júnior, contou que, numa reunião no início de 2007, no Palácio das Mangabeiras, Aécio o comunicou que havia decidido pela participação da Odebrecht na obra, antes mesmo de a licitação ocorrer.

Nesse encontro, o tucano teria indicado Oswaldo Borges, seu contraparente e então presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), para “acertar tudo a respeito”. A partir daí, a Odebrecht indicou seu superintendente em Minas, Sérgio Luiz Neves, para tratar de pagamentos e combinar as fraudes ao processo de concorrência.

A Odebrecht levou o lote 2, de R$ 360 milhões, em consórcio com a Queiroz Galvão e a OAS. Houve reuniões entre os empreiteiros escolhidos previamente para a obra, segundo ele, para tratar de detalhes da licitação e da desclassificação de concorrentes indesejados.

A Odebrecht, sozinha, faturou cerca de R$ 90 milhões com a Cidade Administrativa e teria repassado os R$ 5,2 milhões em propinas para Aécio por meio de vários pagamentos a seus intermediários. Alguns deles, segundo Benedicto, foram feitos diretamente a Oswaldo Borges na concessionária Minasmáquinas, de propriedade dele.

Leia a íntegra da resposta do senador Aécio Neves, encaminhada via assessoria de imprensa:

"Nas declarações divulgadas hoje, os delatores afirmaram que as doações eleitorais feitas ao senador Aécio Neves não envolveram qualquer tipo de relação ilícita. Em vídeo, Marcelo Odebrecht fez a seguinte declaração sobre os contatos mantidos com o senador Aécio: “Nunca teve uma conversa para mim de pedir nada, vinculado a nada”. 

Sobre doações para campanhas eleitorais, o senador Aécio pediu apoio, como dirigente partidário, sempre de acordo com a lei. O senador Aécio Neves manteve diversos contatos sociais com o então presidente da Odebrecht, não tendo nunca solicitado doação de recursos originados de caixa 2."


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