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Estado de Minas

Luiz Estevão deixa a solitária após 10 dias em isolamento

A defesa do ex-senador não protocolou nenhum pedido para antecipação, diferentemente do que fez os advogados do condenado pelo escândalo do mensalão, Henrique Pizzolato


postado em 05/02/2017 18:05 / atualizado em 05/02/2017 18:08

Luiz Estevão é acusado de cometer falha disciplinar grave na prisão(foto: Isa Stacciarini/CB/D.A Press)
Luiz Estevão é acusado de cometer falha disciplinar grave na prisão (foto: Isa Stacciarini/CB/D.A Press)
O empresário e ex-senador Luiz Estevão deixa hoje a solitária após cumprir 10 dias de isolamento. Ele estava no Pavilhão Disciplinar do Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda, desde 26 de janeiro, por ter cometido infração grave na cadeia. Ele desacatou o coordenador-geral da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), delegado Guilherme Nogueira, ao ser questionado sobre a presença de itens proibidos na cela, entre eles, chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e massa de macarrão importada. Pela lei, esse tipo de falta resulta em punição no isolamento. Depois disso, o detento volta para o local de origem.

A defesa do ex-senador não protocolou nenhum pedido para antecipação, diferentemente do que fez os advogados do condenado pelo escândalo do mensalão, Henrique Pizzolato. Na quinta-feira, a juíza da Vara de Execuções Penais (VEP), Leila Cury, liberou Pizzolato e outros nove detentos que estavam no Pavilhão Disciplinar, em resposta ao pedido dos defensores do italiano. Pizzolato, Lúcio Funaro, envolvido na Operação Lava-Jato, e Adriano Oliveira, ex-servidor do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), passaram três dias isolados por estarem com mais dinheiro do que o permitido nas celas — o Judiciário admite, no máximo, R$ 50.

No entendimento da magistrada, o tempo de 10 dias de punição não seria necessário para esses presos, uma vez que eles não cometeram infração disciplinar grave, ao contrário de Estevão. As regalias que o ex-senador recebia vieram à tona em 31 de janeiro. A Sesipe abriu uma sindicância para apurar como os produtos proibidos chegaram até o empresário. O Ministério Público e a Polícia Civil também investigam se algum agente de atividades penitenciárias recebeu propina para permitir a entrada desses itens e se o presidiário cometeu crime de corrupção ativa.

O privilégio resultou na exoneração do diretor do CDP, Diogo Ernesto, e do diretor adjunto da prisão, Vitor Espíndola Salas, em 1º de fevereiro. Assumiram os cargos João Vitor da Anunciação e Tiago Veloso Machado, respectivamente. Todos são agentes de atividades penitenciárias.


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