Antes do recesso de julho, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou aprovar o projeto com rapidez, mas recebeu muitas críticas, inclusive de Jucá. Na época, a avaliação era de que pareceria uma interferência na Lava-Jato. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, é defensor da proposta e pediu a Renan que ela fosse votada.
Jucá disse ainda que, mesmo que passe no Senado, o projeto vai para a Câmara, onde certamente seria modificado. Ele prevê que uma aprovação final, nas duas Casas, poderá levar de dois a três anos. A proposta original foi apresentada em 2009. “Em novembro, vamos começar a discutir o projeto, mas este não é um projeto do tipo que se faz uma sessão e se vota. Vamos fazer audiências públicas, ouvir todo mundo. E, depois da comissão especial, deve ir à Comissão de Constituição e Justiça. Não será nada a toque de caixa e muito menos com objetivo de barrar a Lava-Jato. Acho que não vota este ano no Senado, mas repito que não tem nada a ver com a Lava-Jato. Apoio a Lava-Jato, e o que quero é que ela seja célere”, disse Jucá.
O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, já reagiu e advertiu que a proposta “não pode ser aprovada de afogadilho”. Para ele, “é preciso uma discussão com todos os entes envolvidos”.
