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Estado de Minas

PF escolhe hoje nomes para lista tríplice para diretor-geral

Dez delegados gerais concorrem às vagas. Eleição, promovida pela Associação dos Delegados da Polícia Federal, encerra hoje


postado em 30/05/2016 15:16 / atualizado em 30/05/2016 18:34

 

 O delegado federal de Minas, Luiz Augusto Pessoa Nogueira, defende a escolha da categoria e diz que resultado sai amanhã.(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O delegado federal de Minas, Luiz Augusto Pessoa Nogueira, defende a escolha da categoria e diz que resultado sai amanhã. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Começou hoje a votação para escolha dos três nomes que vão compor a listra tríplice para concorrer à direção-geral do Departamento de Polícia Federal, como sugestão ao governo interino do presidente Michel Temer. Dez delegados gerais estão na disputa e, para concorrer, a apresentação dos nomes tinha que ser do próprio candidato. Antes da eleição, os candidatos foram sabatinados pela categoria e, agora, cada integrante da Associação dos Delegados da Polícia Fedeal (ADPF) terá que votar em três deles. A votação está sendo feita por meio do site da associação e se encerra às 23h59.

A indicação direta do diretor-geral da corporação é uma das lutas dos delegados federais pela autonomia administrativa e financeira da PF, prevista em proposta de emenda à Constituição, que tramita no Congresso. A lista tem nomes de peso como a delegada Érika Marena, que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato, no Paraná. Especialista em combate a crimes financeiros e corrupção, é a única mulher na disputa.
Concorrem ainda o delegado Rodrigo Teixeira, subsecretário de Defesa Social de Minas, Marcelos Freitas, chefe da delegacia da PF em Montes Claros (Norte de Minas), Gesival Gomes, delegado de Repressão a Crimes Fazendários (SP), Bergson Toledo – que tem apoio do presidente do Senado Renan Calheiros, também alvo da Operação Lava-Jato –, William Nascimento, chefe da delegacia de Divinópolis, e Luiz Carlos Cruz, diretor-regional da ADPF no Rio, José Roberto Sagrado da Hora, ex-adido junto à embaixada do Brasil no Suriname e Jerry Antunes de Oliveira, ex-superintendente de Minas.

A Secretaria de Defesa Social de Minas tem hoje em sua estrutura dois dos atuais candidatos ao comando da Polícia Federal, uma das poucas instituições que tem escapado ilesa das inúmeras crises do Executivo federal. Além disso, tem a frente da pasta o ex-superintendente da PF em Minas Sérgio Barboza Menezes, que é nome forte para o posto e já configurou em listas de consultas à categoria. Polícia Federal é a responsável pela Operação Acrônimo, que tem como alvo o governador de Minas, Fernando Pimentel, e sua mulher, a jornalista Ana Carolina. O governador foi indiciado por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por suspeita de recebimento de vantagens indevidas de empresas beneficiadas pelo BNDES.

Reação

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, criticou a iniciativa dos delegados de apresentar a lista tríplice. Segundo Moraes, não há previsão legal para este tipo de indicação. Logo depois de assumir o cargo, Moraes confirmou a permanência do atual diretor-geral Leandro Daiello Coimbra. No entanto, está permanência seria apenas até a Olimpíada do Rio, que tem inicio em agosto. Além disso, teria sido apenas um gesto político como forma de confirmar a intenção do governo interino de Michel Temer em apoia a força-tarefa da Operação Lava-Jato.

A Associação dos Delegados Federais "lamentou" o que chamou de "infeliz declaração" do ministro da Justiça. A entidade afirma que a lista tríplice é uma decisão da categoria já adotada em Congresso e ratificada por todas as instâncias das categorias. "O modelo pé considerad o mais isento e técnico para escolha do dirigente máximo da instituição", atesta a ADPF. E conclui:"Trata-e da mesma fórmula adotada pelo Ministério Público Federal dsde 200, para indicação do procurador-geral da República.

 

Resultado

Apesar disso, a ADPF apresenta a lista tríplice a Michel Temer ainda esta semana, já que o resultado dos três mais votados será conhecido por volta das 12h de amanhã. O delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira, diretor-regional da ADPF, destaca que é essa é a primeira lista tríplice organizada pela entidade.

“Quem ganha é a sociedade. Não é a diretoria da ADPF que decidiu pela lista, mas sim a categoria, num congresso em 2014”, disse o policial. Nogueira acredita que o presidente da República irá escolher o sucessor do atual diretor da PF na lista da categoria. Contudo, na hipótese disso não ocorrer, ele não descarta a possibilidade de a associação questionar o presidente.

Esse questionamento, esclarece Nogueira, pode ser feito “por meio de nota da ADPF, de ofício encaminhado ao ministro da Justiça ou ao presidente. Porém, eles também não têm obrigação em responder”, finalizou.


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