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Estado de Minas

Para epidemiologista, mosquito é doméstico

Aedes aegypti se adaptou ao longo dos anos e se tornou um mosquito urbana


postado em 15/02/2016 00:12 / atualizado em 15/02/2016 07:45

O Aedes aegypti já pode ser considerado um mosquito doméstico. “Ele é praticamente um bichinho de estimação”, afirmou o epidemiologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, Luciano Pamplona, que também é professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, apontam que, no Nordeste, o principal tipo de criadouro do mosquito são tonéis e caixas d’água. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas e garrafas, predomina como criadouro do vetor. No Norte e no Sul, a maior parte dos criadouros do mosquito está no lixo.

Segundo Pamplona, o Aedes se adaptou ao longo dos anos, se tornando um mosquito urbano. “Essa transição ocorreu de forma bastante acelerada. Hoje, ele é um mosquito doméstico, totalmente adaptado aos nossos hábitos domiciliares. A principal prova disso é o mapa com os principais criadouros do país. Em torno de 80% a 90% dos focos do vetor estão dentro das casas.”

O epidemiologista alerta que tudo pode se transformar em foco do Aedes e diz que ainda pouco se sabe sobre o vírus zika. “Vivemos um momento de muita especulação. Sabe-se pouca coisa sobre o zika. É uma doença de pouquíssima gravidade e que, em 80% dos casos, não causa nenhum sintoma. As três pessoas que morreram por zika podem ter fatores associados e que provavelmente contribuíram para o óbito. No caso da dengue, temos mais de 800 pessoas morrendo por ano no Brasil. O fato é que ainda temos muito mais perguntas que respostas. Creio que vamos demorar um bom tempo estudando o vírus zika.”


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