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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 02/02/2016 12:00 / atualizado em 02/02/2016 12:43

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

É esta a pauta do Congresso. Pode?

Os deputados e senadores voltam ao trabalho hoje em Brasília. Muitos deles, no entanto, prefeririam continuar em férias coletivas, sem data para acabar. A começar pelos caciques, como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enrolado até o pescoço com o pedido de impeachment, embora ele não desista nunca. E vai aprontar as suas para, pelo menos ganhar tempo, e, quem sabe, ver a crise política se aprofundar ainda mais.

Afinal, também a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), tem muitos problemas para resolver, assim como seu inimigo Eduardo Cunha. E é também ele que aguarda análise do recurso que apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo para detalhar como será o rito do processo de impeachment. A decisão dos ministros foi tomada no ano passado, mas nem o acórdão foi publicado. Pode levar tempo. E, enquanto isso, os brasileiros que já sofrem com a brutal recessão econômica, terão que conviver também com o circo de horrores protagonizados pelas mais altas autoridades do país. Terá conserto assim? Só se Darcy Ribeiro deixar o túmulo e gritar “Viva o povo brasileiro” e vamos consertar o país nós mesmos.

Ih! E ainda tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvido com seu triplex problema e convocado pela polícia Federal (PF) para depor, como investigado, assim como a ex-primeira-dama Marisa Letícia. A fala do promotor Cássio Conserino, responsável pelo caso, é sintomática: “O que eu posso falar é que é incoerente com as próprias notas do instituto. Antes eles tinham uma cota e agora eles têm uma unidade habitacional específica. Nem eles sabem o que eles têm”. O promotor já pensa em indiciar Lula por lavagem de dinheiro.

Ah! Tem também a pauta de votações. Uma coleção de medidas provisórias, como a desvinculação de recursos da União, para poder gastar à vontade. E, é claro, a volta da CPMF. Fazer o quê?

Fina ironia
Quem estava inspirado no último domingo, se divertindo no Twitter antes de voltar aos trabalhos esta semana na Câmara dos Deputados, era José Carlos Aleluia (DEM-BA), um dos parlamentares de língua mais afiada do Congresso. Primeiro, ele postou: “A defesa de Lula no triplex e no sítio segue o manual da KGB: “Se você é bom em desinformação, pode se livrar de qualquer coisa”. E depois Aleluia ainda fez questão de fechar as provocações da melhor maneira possível usando fina ironia: “Vai ter churrasco no sítio. Cada um deve levar algo. Luiz leva a Brahma, Marisa o barco e o povo paga a conta! Zé não vai, está em Curitiba!”

A voz do leitor
Escreve o leitor Renato Codo Andrade: “Sr. Almeida: com o anúncio de redução do valor da bandeira vermelha, dei-me ao trabalho de verificar em algumas contas de luz o valor cobrado por megawatt-hora. Vendo que os valores variavam de R$ 5,50 (caiu a R$ 4,50) a quase R$ 7 (dependendo se Energisa ou Cemig), que agora, na bandeira vermelha, terá um patamar intermediário, mais baixo, de R$ 3,50 para cada 100 KWh. O patamar mais alto foi mantido em R$ 4,50 para cada 100 KWh. Procurei informações e, a muito custo (no 0800 não sabem nada), consegui entender: o governo cobra tributos (e pesadíssimos) na bandeira vermelha também. Por que será que o governo não divulga isso? Mais um assalto ao nosso combalido bolso. Saudações”.

Amigos, amigos...
O deputado estadual Alencar da Silveira Jr. (PDT) perde os amigos, mas não perde a piada. Depois de ler diversas reclamações no grupo do WhatsApp dos colegas de Assembleia Legislativa, Alencarzinho não resistiu. Sapecou logo na rede: “Problema do salário dos professores? Chama o Rogério Correia (PT). Da Polícia Militar? Chama o Cabo Júlio (PDT). Problema do salário do funcionalismo? Desapega! Chama o Pimenta da Veiga (PSDB), que ele resolve”.

Exagerou!
A Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa (ALMG), se tornou, desde ontem, a Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) e terá novas atribuições. O deputado Antônio Carlos Arantes continuará na presidência. A gerente-geral de Consultoria Temática da ALMG, Flávia Pessôa Santos, afirmou “faltava uma comissão que analisasse o impacto das proposições no setor econômico e a Comissão de Turismo já tinha esse viés, por isso, ocorreu a mudança”. Para o deputado Arantes mais trabalho é sempre bem-vindo: “Ainda mais quando é para engrandecer Minas Gerais e promover o desenvolvimento social do nosso povo”. Ai, ai, exagerou, não?

Areia branquinha
Quem encontrou um pequeno paraíso para passar as férias foi o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Ele passou alguns dias em Alter do Chão, que fica no Norte do Pará e é banhado pelo Rio Tapajós, afluente do Rio Negro. O mais curioso, no entanto, em especial nesta temporada de epidemia de dengue, é que no lugar não tem mosquitos, pernilongos e outros insetos. Tudo porque a água é ácida, o que afasta os que não são bemvindos. “É uma espécie de praia, que não tem onda, mas os bancos de areia são branquinhos”. Detalhe: é dificílimo falar lá ao celular.

PINGAFOGO

Tombos, Fervedouro, Carrancas, Capivari e Serra Fina. Que diabos será isso? Para quem busca novidades neste carnaval, são lugares diferentes para fugir das tradicionais festas.

Em tempo: a seleção dos locais foi feita pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Serviço de utilidade pública: mais detalhes no site https://www.agenciaminas.mg.gov.br

Deu no Diário Oficial da União: “Alertas! Nesta terça-feira, às 10h30, em Boa Vista (RR), o ministro George Hilton participa de sessão solene e reunião para alinhar a passagem da tocha no município”.

E continua com poucos detalhes: “Às 16h, o ministro participa da discussão para organizar a passagem da chama olímpica em Manaus (AM)”. Tudo bem. Deu para entender quase tudo. Mas o que vem a ser o “alertas”?

Líder nas pesquisas entre os pré-candidatos do Partido Republicano nos Estados Unidos, Donaldo Trump que se cuide. O americano Rod Silva, de 43 anos, concorre como independente à Casa Branca. Detalhe: ele é filho de imigrantes brasileiros.

O serviço de meteorologia informa a previsão do tempo político nos próximos dias: com o cerco ao ex-presidente Lula pela Polícia Federal, o PT promete tempestades e trovoadas.

 


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