
Dezenove estados e o Distrito Federal realizam atos convocados por centrais sindicais, que apoiam o governo, contra o impeachment e a favor da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira. De acordo com a organização da mobilização nacional contra o impeachment em Belo Horizonte, cerca de 20 mil pessoas de acordo com os organizadores se reuniram na Praça Afonso Arinos, Região Central da capital mineira, em protesto contra a abertura de processo de impedimento da presidente. Já a Polícia Militar calcula a presença de cinco mil manifestantes.

Dois trios elétricos percorreram o centro de BH. Por volta das 18h, o grupo saiu em direção à Avenida João Pinheiro, em seguida passou pela Rua dos Timbiras e terminou o protesto na Praça Sete. Os manifestantes também pediram a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e atacaram o senador Aécio Neves.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, não participou da mobilização, devido a um atraso na agenda em Montes Claros, Norte do estado. O Secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais, Nilmário Miranda, que participaou do protesto, destacou que "há tempos estão procurando um motivo para tirar os trabalhadores do poder".
O prefeito de Contagem, Carlin Moura, (PCdoB) ressaltou durante o ato que é preciso respeitar a democracia. "É preciso respeitar o nosso voto. Essa tentativa de desestabilizar o país precisa parar. Impeachment é golpe".
A deputada estadual Marília Campos (PT) reiteirou que a democracia não funciona assim. "Vamos falar não para os golpistas. Falar não para aqueles que querem tirar nossos direitos" Ela cobrou de Pimentel mais flexibilidade para negociar com os trabalhadores da Cemig.
A coordenadora da Federação dos Trabalhadores Rurais, Rita Quadros, defendeu que "o impeachment não é só contra a presidente Dilma, mas contra as políticas públicas e ações sociais que tiveram início nos últimos anos. Ações que nunca tiveram espaço no Brasil".

