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Estado de Minas

Odebrecht e Andrade Gutierrez teriam pago mais de R$ 700 mi em propina por contratos na Petrobras

A informação é do Ministério Público Federal e foi divulgada na manhã desta sexta-feira, após a deflagração da 14ª fase da Operação Lava-Jato


postado em 19/06/2015 10:33 / atualizado em 19/06/2015 12:43

Fachada do prédio onde está instalada a matriz da Construtora Norberto Odebrecht, no Rio de Janeiro(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Fachada do prédio onde está instalada a matriz da Construtora Norberto Odebrecht, no Rio de Janeiro (foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Ministério Público Federal calcula 'por baixo' que as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez pagaram propinas, no esquema de corrupção montado na Petrobras, que superam os R$ 700 milhões. O Ministério Público estima com base nos contratos fechado pelas duas construtoras que a Odebrecht teria pago R$ 510 milhões e a Andrade Gutierrez outros R$ 200 milhões.

O procurador da República Carlos Fernando do Santos Lima disse nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, em Curitiba, no Paraná, que o esquema investigado na 14ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada hoje, é 'sofisticado'. Segundo ele, no caso da maioria das empreiteiras investigadas pela Polícia Federal e Ministério Público, a estrutura montada para desviar dinheiro da Petrobras era 'relativamente simples', com a participação do doleiro Alberto Youssef.

Carlos Fernando destacou que as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, no entanto, 'capitaneavam' o cartel dentro da Petrobras e mantinham contas no exterior para pagar propinas a gerentes e diretores da estatal.

O procurador lembrou que Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, ambos ocupavam cargos de direção na Petrobras, afirmaram que receberam dinheiro no exterior da Odebrecht e de outras empresas ligadas à construtoras. Carlos Fernando também disse, sem citar valores, que 'boa parte' dos valores pagos no exteriores já retornaram ao Brasil.

O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula disse acreditar que os principais executivos das empresas sabiam do esquema e não combateram as práticas internamente. Bernardo Freiburghaus, que deixou o Brasil e foi morar na Suíça, sendo considerado foragido, foi apontado como o operador da Odebrecht no esquema.

Os investigadores disseram que a denúncia do caso Petrobras deve ser concluída até o final do ano e que a força tarefa espera apenas o término dos trabalhos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Prisão

A operação deflagrada nesta sexta-feira, em Minas, São Paulo, Rio de  Janeiro e Porto Alegre já prendeu nove dos 12 executivos com mandados de prisões preventiva se temporárias, além de conduções coercitivas.  Também foram divulgados os nomes dos presos, que serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

O balanço da operação desta sexta-feira mostra que, dos 12 mandados de  prisão, temporárias ou preventivas, 11 já foram cumpridos. O executivo da Odebrecht César Ramos Rocha é o único que ainda não foi encontrado. Ele, no entanto, ainda não é considerado foragido.


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