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Estado de Minas

Oposição faz acordo para criar sub-relatorias na CPI da Petrobras


postado em 27/02/2015 06:00 / atualizado em 27/02/2015 07:39

Brasília – Deputados de oposição com assento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras costuraram um acordo para a criação de sub-relatorias no colegiado. O acerto prevê, ainda, a indicação de um opositor para a vice-presidência do grupo. A negociação, articulada com o apoio dos representantes do PMDB na comissão, retira poder do relator, Luiz Sérgio (PT-RJ). O PSDB tem um requerimento pronto para pedir três sub-relatorias. Instalada ontem, a CPI elegeu Hugo Motta (PMDB-PB) como presidente, por 22 votos. Ivan Valente (Psol-SP), que apresentou candidatura avulsa, obteve quatro indicações. Houve uma abstenção.

“O Ivan teve só quatro votos porque parte da oposição votou no Hugo Motta”, relatou o líder de um partido oposicionista, que pediu sigilo. “E isso é parte do acordo para viabilizar as sub-relatorias”, acrescentou. O líder de outro partido de oposição, também sob anonimato, confirmou a tratativa. A nova CPI da Câmara será o terceiro colegiado do tipo instalado no Congresso em menos de um ano para investigar o esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava-Jato. A CPI tem, a princípio, seis meses para concluir as investigações, prazo que pode ser prorrogado.

A sessão de instalação da CPI começou ontem com tumulto, por conta de uma questão de ordem apresentada pela bancada do Psol. O texto pedia o afastamento de todos os membros da CPI que receberam doações de empreiteiras suspeitas nas eleições passadas. Motta, por exemplo, recebeu R$ 451 mil das empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht. Já Luiz Sérgio contou com R$ 962,5 mil das empresas Queiroz Galvão, OAS, Toyo Setal e UTC.

A questão de ordem se ampara em artigo do Regimento da Câmara que impede os deputados de participarem de comissões nas quais tenham interesse direto. “O MPF já disse que é impossível distinguir o dinheiro que chegou do caixa das empresas da Lava-Jato por propina ou por doação legal”, disse o representante Ivan Valente.


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