São Paulo - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocaram uma manifestação para esta terça-feira (24), na região central do Rio de Janeiro, em "defesa da Petrobras". O ato não vai abordar o esquema de corrupção na estatal investigado pela Operação Lava-Jato e deve se limitar a apontar a importância da estatal na economia brasileira e a denunciar uma suposta tentativa de desmoralização da empresa.
"Não se pode generalizar as denúncias por causa de apenas dois funcionários que confessaram ilícitos", disse Rangel, em referência ao ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, "oportunistas querem usar a conduta criminosa de alguns funcionários de alto escalão para preparar a empresa para a privatização".
De acordo com os organizadores, o escritor Fernando Morais, o cineasta Luiz Carlos Barreto, a filósofa Marilena Chauí, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e líderes de movimentos sociais, entre os quais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Via Campesina e Movimento dos Sem Terra (MST), confirmaram presença no ato.
Esses movimentos fazem parte de uma frente de esquerda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta articular desde o final do ano passado com os objetivos de defender contra a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff; fazer um contraponto ao avanço da agenda conservadora no Congresso Nacional, e disputar dentro do governo federal a execução de políticas "de esquerda" contra grupos conservadores representados por partidos que fazem parte da coalizão governista. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.