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Estado de Minas

Cresce lista de cotados para presidir Petrobras

Pelo menos 10 nomes são cogitados para substituir Graça Foster, que renunciou ao cargo nessa quarta-feira.


postado em 05/02/2015 06:00 / atualizado em 05/02/2015 07:30

Dos nomes em cogitação pelo governo para a presidência da Petrobras, dois se destacam: o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, e o ex-diretor da Petrobras Rodolfo Landim. O primeiro tem uma sólida carreira no setor privado, tendo sido o principal executivo de uma instituição financeira norte-americana, o BankBoston. Depois, comandou por oito anos o BC, o que lhe dá o traquejo de governo indispensável para a condução da maior estatal brasileira.

“Meirelles é a melhor das opções que vêm sendo citadas. O mercado está esperando um nome forte para comandar a Petrobras”, comentou o economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho. O problema é que ele já foi considerado para vários cargos, incluindo o de ministro da Fazenda, o que sugere que enfrenta restrições por parte da presidente Dilma Rousseff.

Landim trabalhou na Petrobras por 26 anos. Saiu a convite de Eike Batista, mas deixou o Grupo X antes que os problemas aparecessem. Atualmente, preside a Ouro Preto Óleo e Gás. A restrição, no seu caso, é que tem participação acionária na empresa, da qual teria de se desfazer para assumir o principal cargo da estatal.

Outros nomes de mercado cogitados são o do presidente do Grupo Caoa, Antônio Maciel Neto; o do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli; o do atual presidente da empresa, Murilo Ferreira; e o do presidente do Conselho de Administração da Brasil Foods, Nildemar Secches. Há, ainda, dois integrantes do governo em análise: o atual presidente do BC, Alexandre Tombini, e o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Esses dois nomes são vistos com restrição pelo mercado, pois, avalia-se, teriam dificuldade na tarefa de reconstruir a credibilidade da empresa. Também aparece por fora o empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Segundo uma fonte do PT, ele foi citado numa roda formada por um grupo de parlamentares da base governista, na última terça-feira (3), em Brasília, que discutiam sobre os nomes que poderiam suceder Graça.

CREDIBILIDADE “Todos os nomes têm um perfil bom para o mercado quanto à credibilidade. Mas o outro critério, a sensibilidade política e o bom relacionamento com Dilma, a maioria não tem”, disse o diretor para a América Latina do Eurasia Group em Washington, João Augusto de Castro Neves. Uma exceção, avalia, é Ferreira, da Vale.

Maciel tem a vantagem de uma torcida interna na alta gerência da Petrobras, abaixo da diretoria, pois foi funcionário da empresa durante muito tempo, e chegou a presidir a poderosa associação de engenheiros. Participou do governo Collor, ajudando a arquitetar a abertura do mercado brasileiro para produtos importados. Depois, presidiu a Ford e a Suzano. Tem, portanto, vasta experiência de mercado e ainda a facilidade de trânsito na estatal, o que facilitaria a concepção das mudanças necessárias e também a implementação. Josué mantém bom relacionamento com o ex-presidente Lula. Tem larga experiência como executivo no comando do Grupo Coteminas, fundado por seu pai.

A torcida interna inclui outro nome, o do ex-diretor da estatal João Carlos de Luca, hoje presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Mas não está no mesmo patamar de Maciel por não ter igual trânsito dos outros nomes no mercado. É o caso também de Eduarda La Roque, ex-secretária de Finanças do município do Rio de Janeiro, citada por ser próxima ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Economista de destaque, falta-lhe um currículo com peso suficiente para comandar a Petrobras. (Colaborou Luiz Ribeiro)


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