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Estado de Minas

Advogado de Nestor Cerveró põe Graça Foster na berlinda


postado em 15/01/2015 06:00 / atualizado em 15/01/2015 07:39

Graça Foster doou ao menos três imóveis aos filhos no ano passado(foto: Geraldo Magela)
Graça Foster doou ao menos três imóveis aos filhos no ano passado (foto: Geraldo Magela)

Brasília – O advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa de Nestor Cerveró, afirmou que, se forem utilizados os mesmos critérios aplicados ao cliente dele, a presidente da Petrobras, Graça Foster, também deveria ter tido a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal. “Se, para ele, vale, vale para ela também. Para ser coerente, o Ministério Público Federal deveria ter pedido a prisão preventiva dela. Graça Foster também deveria estar presa”, afirmou. O advogado fez uma ressalva. “Não estou dizendo que ela tenha cometido crime. Afirmo que não há coerência. Os dois (Cerveró e Graça Foster) fizeram tudo corretamente”, disse.

Ribeiro se referia às denúncias de doações de imóveis, no Rio de Janeiro, feitas no ano passado por Foster a parentes. Em 20 de março do ano passado, um dia depois das revelações de que a presidente Dilma Rousseff tinha autorizado a compra da Refinaria de Pasadena, Graça Foster teria doado “com reserva de usufruto” um apartamento em Rio Comprido à filha Flávia Silva Jacua de Araújo, tendo o filho Colin Silva Foster como interveniente. No mesmo dia, a presidente da Petrobras fez uma doação semelhante a Flávia e a Colin de um imóvel na Ilha do Governador. Graça Foster ainda fez uma “doação com reserva de usufruto” a Colin, em 9 de abril. As denúncias foram feitas, em agosto, pelo jornal O Globo.  Em nota, a assessoria da Petrobras disse que “refuta veementemente” as alegações de que as transações patrimoniais de Graça Foster tenham sido ‘indevidas’.

Na tarde dessa qurata-feira, Ribeiro afirmou que entrará hoje com pedido de habeas corpus. “Não estão presentes os pontos para decretação de prisão preventiva. Existem apenas ilações do Ministério Público, induzindo o juiz a erro.” O advogado afirmou que a retirada do dinheiro da aplicação financeira seria para uma filha do ex-diretor que tem problemas de saúde. “Ele foi passar o Natal e o ano-novo na Inglaterra. O dinheiro seria retirado para segurança da filha, caso fosse necessário. É preferível perder dinheiro a deixar uma filha desamparada. Não há crime nenhum em você movimentar a própria aplicação ou em transferir imóveis para os filhos”, declarou. Para o defensor, a decisão deve ser reformada.

Em relação à doação de imóveis e a transformação da casa em Itaipava em bem de família, Ribeiro atesta que seu cliente mora no local para evitar o “constrangimento” de sair à rua no Rio de Janeiro.


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